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    Julho de 2017 é o mês mais seco desde 2008 na capital paulista

    DE SÃO PAULO

    28/07/2017 09h50

    Julho de 2017 vai se despedir do calendário como o mês mais seco desde 2008 na capital paulista, segundo dados do CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências), da prefeitura.

    De acordo com o órgão, São Paulo acumulou até esta sexta-feira (28) um volume de apenas 0,3 mm de chuva. Como não há nenhuma previsão de temporais para os próximos três dias que ainda restam, o índice de agora só ficará abaixo do registrado em julho de 2008, quando não choveu nada.

    Os 0,3 mm foram resultados de garoas e chuviscos que atingiram a capital paulista no período. A média esperada para o mês, segundo o CGE, era de 46,6 mm.

    A ausência de chuvas na capital paulista é provocada por um bolsão de ar seco que paira sobre a região e impede a formação de temporais.

    A cidade chegou nesta sexta com 45 dias seguidos sem nenhum registro de chuva significativa. O último aguaceiro ocorreu em 13 de junho, com 13,1 mm acumulados.

    Giovanni Bello/Folhapress
    Vista do edifício Itália, no centro de SP, nesta semana; São Paulo não tem chuva há 45 dias
    Vista do edifício Itália, no centro de SP, nesta semana; São Paulo não tem chuva há 45 dias

    A chuva é a responsável por fazer a "faxina" na atmosfera. Ausente há tanto tempo, o céu de São Paulo tem ficado cinza devido à camada espessa de poluição acumulada.

    Essa condição meteorológica também tem favorecido a queda da umidade relativa do ar, com índices abaixo de 30%. Para a OMS (Organização Mundial da Saúde) umidade menor do que 60% já é nociva à saúde humana.

    A concentração de poluentes e a baixa umidade do ar causam problemas à saúde. As doenças respiratórias podem ser agravadas devido ao ressecamento das mucosas.

    Sintomas como complicações alérgicas e respiratórias devido ao ressecamento de mucosas, sangramento pelo nariz, ressecamento da pele e irritação dos olhos são ocasionados pelo ar seco.

    Recomenda-se ingerir bastante água, usar soro fisiológico nos olhos e nas narinas, umidificar o ambiente através de vaporizadores, toalhas molhadas, recipientes com água, molhar os jardins e permanecer em locais protegidos do sol.

    Bruno Poletti/Folhapress
    Frequentadores do Parque Ibirapuera, em SP, fazem fila para tomar água em bebedouro
    Frequentadores do Parque Ibirapuera, em SP, fazem fila para tomar água em bebedouro

    CADÊ A CHUVA?

    Para o CGE, uma frente fria que se formará no Sul do país atingirá a capital paulista a partir da próxima quinta-feira (3 de agosto). Com ela, a previsão é que haja chuva em várias partes da cidade.

    Até lá, o paulistano seguirá enfrentando o tempo seco, com manhãs geladas e temperaturas mais quentes à tarde.

    Para este final de semana, o sol deverá aparecer com força. No sábado (29), os termômetros vão variar entre 12ºC e 25ºC. Não há previsão de chuva.

    No domingo (30) persistem as condições de sol e temperaturas em elevação ao longo do dia. A madrugada ainda deve ser fria com mínimas oscilando em torno dos 13ºC, enquanto no período da tarde as máximas podem chegar aos 25ºC.

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