Uma turista inglesa foi baleada na barriga após entrar por engano na favela Água Santa, em Angra dos Reis, no litoral sul fluminense, neste domingo (6).

Eloise Dixon, 46, estava em um carro com o marido e os três filhos. Segundo a Polícia Civil, eles foram abordados por criminosos, que os mandaram sair da comunidade, mas não entenderam a ordem e seguiram adiante, momento em que os criminosos abriram fogo contra o carro.

A mulher foi levada ao hospital e passou por cirurgia. Segundo a polícia, ela passa bem. A polícia fez perícia no local. As vítimas serão ouvidas assim que tiverem condições.

A equipe da 166ª Delegacia de Polícia, em Angra dos Reis, busca imagens de câmeras da localidade para tentar identificar e prender os autores do crime.

O consulado britânico acompanha a investigação.

INSEGURANÇA

O caso da inglesa baleada engrossa ainda mais o colapso da segurança pelo qual o Estado do Rio passa.

O número de mortes violentas no primeiro semestre deste ano (3.457) cresceu 15% em relação ao mesmo período de 2016. Foi o pior primeiro semestre desde 2009 (3.893). A região onde essas mortes mais aumentaram foi a Baixada Fluminense (23%), conjunto de 13 municípios, com 3,7 milhões habitantes, na região metropolitana.

Atualmente, o Estado também conta com o reforço de policiais da Força Nacional de Segurança e de militares das Forças Armadas.

Mortes violentas no RJ* - No 1º semestre de cada ano

O governo federal criou um plano de segurança que deve consumir quase R$ 2 bilhões até o fim de 2018 para inibir a ocorrência de crimes.

De acordo com o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Sérgio Etchegoyen, R$ 700 milhões serão empenhados até o final deste ano. Mais R$1 bilhão pode entrar no orçamento do ano que vem.

Os recursos terão finalidades diversas: pagamentos de melhorias no equipamento da polícia local, programas sociais, custeio de ações de apreensão de drogas e armas nas fronteiras e em estradas, operações das Forças Armadas, da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Federal.