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    Grupo ocupa plenário da Câmara de SP em ato contra privatizações de Doria

    DE SÃO PAULO

    09/08/2017 15h57 - Atualizado às 23h44

    O plenário da Câmara Municipal de São Paulo foi invadido no começo da tarde desta quarta-feira (9) por um grupo de 70 manifestantes -que prometiam permanecer no local por tempo indeterminado.

    Eles reivindicam a suspensão de projetos de lei que autorizam privatizações da gestão João Doria (PSDB) e a revogação de restrições ao uso do passe livre estudantil.

    Os planos do tucano preveem a concessão de equipamentos públicos à iniciativa privada, como parques e cemitérios, e a venda do autódromo de Interlagos e do complexo do Anhembi. Parte dos projetos já foi aprovada em primeira votação.

    Em relação ao passe estudantil, houve redução do tempo de uso diário -em vez do limite anterior de oito embarques em 24 horas, passou a valer a regra de até quatro embarques em período de duas horas, duas vezes ao dia.

    Representantes do Movimento Juntos, UNE (União Nacional dos Estudantes), DCE (Diretório Central de Estudantes) da USP e Passe Livre participaram da invasão, que levou a presidência da Câmara a determinar um pedido de reintegração de posse à Justiça.

    Por causa da ação, liderada principalmente por estudantes, a sessão ordinária com vereadores foi realizada fora do plenário, no salão Nobre.

    O presidente da Câmara, Milton Leite (DEM), aliado de Doria, recebeu uma comitiva, mas não houve acordo.

    "Não vamos aceitar propostas de privatização sem que a população seja ouvida. Exigimos um plebiscito", disse Gabriela Ferro, representante do Movimento Juntos.

    Leite propôs aos manifestantes submeter a sugestão de plebiscito sobre as privatizações ao colégio de líderes partidários na próxima terça (15), mas a proposta não foi aceita pelos manifestantes.

    O presidente do Legislativo disse que não permitiria entra-e-sai no prédio. "Eles têm a liberdade de sair, mas não podem voltar. Isso aqui não é camping, não é lugar para fazer turismo", afirmou.

    Leite disse que manteria a presença da Polícia Militar e da GCM (Guarda Civil Metropolitana) para "a segurança do local e dos manifestantes".

    Estudantes disseram que foram alvo de bombas de gás no plenário, mas a Casa nega.

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