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    Revitalização da praça Vilaboim e de parque terá ajuda da iniciativa privada

    PAULO GOMES
    DE SÃO PAULO

    21/08/2017 18h21 - Atualizado às 22h24

    O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou nesta segunda-feira (21) a revitalização da praça Vilaboim e do parque Buenos Aires, duas áreas verdes no coração de uma das regiões mais nobres da cidade, o bairro de Higienópolis (centro). As obras serão custeadas pela iniciativa privada e incluem a concessão do parque pelo período de um ano.

    De acordo com o secretário de Investimento Social, Cláudio Carvalho, os dois projetos vão gerar uma economia de quase R$ 1 milhão aos cofres da gestão municipal, em valores estimados. "Nada como o setor privado para poder realizar o investimento, a manutenção e a preservação dos parques da nossa cidade", afirmou Doria durante o anúncio, na prefeitura.

    A praça Vilaboim terá a restauração dos ladrilhos, dos gradis e canteiros, bem como a reforma do playground, dos bancos, das lixeiras e do bicicletário. O valor total da restauração é estimado em R$ 300 mil e será custeado pelo Shopping Higienópolis, que bancará as melhorias de infraestrutura e paisagismo, e pelo Hospital Infantil Sabará, que pagará o referente à reforma do playground. Além da revitalização, a praça terá a doação de câmeras de vigilância da BCF Solutions, que se integrarão ao City Câmeras, programa de monitoramento de segurança da gestão atual.

    A previsão é que as obras da praça comecem em breve, com duração aproximada de três meses. Segundo o prefeito, a praça estará pronta em 1º de dezembro. A planta não será alterada, como defendido recentemente por alguns moradores e arquitetos da região.

    PARQUE

    O parque Buenos Aires terá a reforma da administração, dos banheiros, das fontes, do playground e do cachorródromo. Além disso, deverá ser feita a manutenção de bancos, lixeiras e árvores. As obras devem durar quatro meses e a previsão de entrega é para o início de 2018. O custo estimado é entre R$ 320 mil a R$ 350 mil –a cerca de R$ 60 mil a reforma do cachorródromo será financiada pela rede de lojas para animais domésticos Cobasi. As demais obras serão executadas pela Sanca Engenharia.

    A concessão por um ano é para a incorporadora Tegra, que será responsável pela manutenção do parque durante esse período. O custo anual da preservação do local é de R$ 300 mil. Este é o segundo parque a ser concedido pela gestão Doria –o primeiro foi o parque Alfredo Volpi, no Morumbi (zona oeste).

    Um pacote de concessões pretendidas pelo prefeito está em tramitação na Câmara, e foi alvo de protestos de manifestantes, que querem que as desestatizações promovidas por Doria sejam levadas a votação popular. Há também uma insatisfação entre os vereadores, que já afirmaram haver pouco debate sobre a questão e muita pressa do tucano.

    Integrante do conselho gestor do Buenos Aires, Dora Ribeiro critica a maneira como foi anunciada a reforma e a concessão do parque. Segundo Dora, há uma "inversão de valores" da prefeitura e faltou transparência e diálogo. "Eles elegeram prioridades [para o parque] sem passar pelo conselho, que é justamente quem deveria ser consultado."

    Em nota, a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente afirmou que a revitalização ocorre "por meio de parcerias, e não concessão". Apesar de questionada, a pasta não se manifestou sobre a reclamação de falta de diálogo e transparência no processo.

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