A onda de violência que atinge o Jacarezinho, na zona norte do Rio, fez com que a prefeitura anunciasse, na noite desta segunda-feira (21), o fechamento de 15 escolas da região por tempo indeterminado. Outras 11 unidades do entorno do Jacarezinho e de Manguinhos terão mudança no horário de funcionamento.

A Secretaria Municipal de Educação afirmou, em nota, que a decisão pelo fechamento foi tomada após uma reunião com 26 diretores de escolas das duas comunidades, onde também foi definida uma área de maior risco.

A ideia é que uma equipe monitore diariamente a situação da área para decidir quando o funcionamento será normalizado. A mesma equipe de assessores também deverá definir um cronograma de reposição das aulas perdidas pelos alunos afetados. O número total de alunos afetados, no entanto, ainda não foi informado

Nesta segunda, 64 unidades escolares fecharam por conta de uma operação integrada das Forças Armadas e das polícias em sete comunidades da zona norte do Rio. Segundo a pasta, o número corresponde a 4% de toda a rede de ensino da prefeitura e deixou 26.975 alunos sem aulas.

O número de alunos afetados nesta segunda é recorde no ano, superando a marca da última sexta (18), que foi de 19.423 alunos sem aula na cidade. Ao todo, foram fechadas 41 escolas, 11 creches e 12 Espaços de Desenvolvimento Infantil. A operação terminou com 39 pessoas presas.

Desde o início do ano letivo, em 2 de fevereiro, 409 escolas e creches fecharam por conta da violência, prejudicando 145.928 estudantes, afirma a secretaria.

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Veja as escolas que serão afetadas

Fechadas por tempo indeterminado:
- Creches municipais Tia Andreza, Marcília Catarina (Tia Mana), Comunidade do Jacarezinho e Geralda de Jesus;
- Cieps Willy Brandt e Vinícius de Moraes;
- Escolas municipais José Lins do Rego, Pernambuco, George Sumner, Estado da Guanabara, Oswaldo Cruz, Pace e Rio de Janeiro;
- Espaços de Desenvolvimento Infantil Padre Nelson e Brício Filho.

Com horário reduzido de funcionamento:
- Escolas municipais Delfim Moreira, Marechal Bittencourt, Ema Negrão de Lima, Albino Souza Cruz e Professora Maria de Cerqueira;
- Ciep Juscelino Kubitschek;
- Creches municipais Manguinhos e Chico Bento;
- Espaços de Desenvolvimento Infantil Doutor Domingos Arthur Machado Filho, Antônio Fernandes Figueira e Joaquim Venâncio.

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ACARI

Em março, uma menina de 14 anos foi baleada e morta quando participava de uma aula de educação física no pátio de uma escola pública, em Acari, na zona norte da cidade.

A perícia apontou que o tiro que atingiu Maria Eduarda teria partido da arma da polícia. O Ministério Público considerou que os policiais assumiram o risco de matar quando dispararam na direção da escola.