O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PHS), anunciou na noite desta quarta (6) que a prefeitura entrará com uma ação civil pública para reivindicar a administração do Anel Rodoviário. O anúncio acorreu após um grave acidente que deixou três mortos e bloqueou os dois sentidos da via, que é federal.

A ação será movida na segunda-feira (11) contra a União e a Via 040, concessionária que administra o Anel Rodoviário, estrada de 27 km que liga a capital mineira às principais rodovias que cortam a cidade, como a BR-381, BR-262 e BR-040.

A prefeitura também vai entrar com ação criminal contra o diretor-geral do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) por negligência. Kalil classificou o acidente desta quarta como "mais um assassinato" no Anel Rodoviário.

O prefeito já havia manifestado a intenção de que o município passasse a gerenciar a via, que registra acidentes com frequência, desde que o governo federal repasse os recursos para manutenção.

"Por determinação do prefeito Alexandre Kalil, a Procuradoria-Geral do Município de Belo Horizonte ingressará na próxima segunda-feira com ação civil pública contra a União e a concessionária Via 040, reivindicando a administração do Anel Rodoviário para o município, com a transferência dos recursos federais desta manutenção para a prefeitura", diz a nota.

Um projeto de lei tramita na Câmara Municipal de Belo Horizonte para autorizar a prefeitura local a celebrar um convênio com a União para assumir a gestão do Anel Rodoviário. A proposta já obteve pareceres favoráveis em comissões e ainda será votada no plenário.

Na quarta, por volta das 15h30, uma carreta desgovernada atingiu seis veículos e uma bicicleta, além de atropelar e matar um pedestre. O caminhão prensou um dos carros na mureta lateral da via e pegou fogo —duas pessoas morreram carbonizadas no veículo.

O ciclista sobreviveu.

O acidente ocorreu próximo ao bairro Betânia, na região oeste de BH. O Anel Rodoviário chegou a ser bloqueado tanto no sentido Vitória, como no sentido Rio de Janeiro.

A reportaqgem não conseguiu falar com o DNIT ou com a concessionária Via 040.