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    Roubos de carga crescem 10,4% em agosto, na 15ª alta seguida em SP

    ROGÉRIO PAGNAN
    DE SÃO PAULO

    25/09/2017 18h25

    Danilo Verpa/Folhapress
    O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Mágino Alves Barbosa Filho, durante entrevista.

    Os roubos de carga voltaram a crescer em agosto e atingiram a 15ª alta seguida no Estado de São Paulo. Foram registrados 1.012 crimes, crescimento de 10,4% em relação ao mesmo período do ano passado, com 917 registros.

    Foi o maior número desse tipo de crime registrado em um mês de agosto na série histórica divulgada pelo governo, desde 2002. No acumulado do ano, o aumento é de 19% –o que representa uma elevação de mais de mil casos. Os crimes saltaram de 6.124 para 7.282.

    Os dados estatísticos sobre o mês de agosto foram divulgados na tarde desta segunda (25) pelo secretário da Segurança da gestão Geraldo Alckmin (PSDB), Mágino Alves Barbosa Filho. Com exceção dos roubos de carga e dos furtos em geral (este com acréscimo de 2,7%, de 44.078 para 45.272), todos os outros indicadores de violência tiveram redução -em especial os latrocínios (roubos com morte), que caíram 23,08%, de 26 para 20 casos.

    Embora ainda continue minimizando a quantidade de roubos de carga, com a justificativa de que a maioria envolve bens de pequenos valores, Barbosa Filho pela primeira vez colocou esse tipo de crime como a principal preocupação da Secretaria da Segurança Pública. Nas divulgações anteriores, os roubos de carga apareciam apenas em quarto lugar, atrás de homicídios, latrocínios e estupros.

    "Nós estamos trabalhando. É um crime, como eu venho salientando, que atinge uma variedade muito grande de cargas transportadas, a grande maioria de cargas de pequeno valor", disse o secretário, que classifica essas ações como "crimes de oportunidade".

    Apesar de ser a 15ª alta seguida, Barbosa Filho disse considerar que a política de combate aos roubos de carga está no caminho certo porque, em agosto, conseguiu prender 70 pessoas em flagrante praticando esses atos, além de ter conseguido recuperar 45 cargas roubadas -ou 4,4% do total de crimes cometidos em agosto.

    "Isso representa uma tendência de que esse tipo de crime daqui a pouco vai começar a efetivamente cair", disse. "Você ter 70 prisões é significativo. Significa que nós estamos no caminho certo para começar a derrubar esse indicador."

    No acumulado do ano, de janeiro a agosto, segundo ele, 417 pessoas foram presas em flagrante e 409 cargas foram recuperadas.

    O secretário disse que, como chefe das três polícias (Militar, Civil e Científica), estava muito feliz com os indicadores de violência por ter havido, além da queda dos latrocínios, nova redução de 14,18% nos homicídios (foram de 282 para 242), de 9,75% nos roubos em geral (foram de 28.451 para 25.676) e ainda uma queda de 4,3% nos estupros (foram de 976 para 934).

    "Estamos muito satisfeitos com o resultado. Porque as quedas não foram pequenas, elas foram sensíveis, como vocês pode observar. Principalmente nos crimes patrimoniais", disse.

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