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    Adolescente é suspeito de matar sua ex-professora em sequestro-relâmpago

    AMANDA GOMES
    DO "AGORA"

    05/10/2017 02h00

    Uma professora de 55 anos morreu após ser jogada de uma ponte na represa de Nazaré Paulista (64km de SP) na segunda-feira (2) quando estava sendo mantida refém em um sequestro-relâmpago. Segundo a polícia, um ex-aluno dela de 16 anos é um dos suspeitos do crime.

    Segundo informações das polícias Civil e Militar, a professora Ana Maria Jericó Moraes foi abordada em seu carro, um Fiat Palio, em Itatiba (85 km de SP), quando saia de uma palestra, pelo ex-aluno e mais outro adolescente de 16 anos e um servente de 31. Todos eles estão detidos. Eles contaram que amarram as mãos dela e a vítima ficou no banco de trás. Pediram as senhas dos cartões e fizeram compras. Entretanto, ela foi reconhecida pelo ex-aluno. Foi quando ele decidiu matá-la.

    Os suspeitos a levaram para a represa e a jogaram viva de uma altura de 30 metros. O corpo dela foi achado na terça (3) às margens da represa. Apesar de ter sido jogada amarrada, ela foi encontrada desamarrada e a causa da morte foi hemorragia interna, diz a perícia.

    Após jogarem a vítima da ponte, o trio voltou para as cidades de Itatiba e Jundiaí (56 km de SP) fazendo compras com os cartões dela. Segundo a polícia, o trio chegou a ir em um prostíbulo e pagou com o cartão dela.

    PRISÃO

    O major da PM Frederico Afonso Izidoro é ex-genro da vítima e ao saber do desaparecimento dela, e depois que seu corpo tinha sido encontrado, passou a procurar informações dos criminosos.

    Ele conseguiu imagens do trio nos locais onde fizeram compras com o cartão e depois encontrou o carro. No local tinha um homem de 31 anos que disse que comprou o carro por R$ 3 mil. Esse suspeito ajudou os PMs a encontrarem os suspeitos.

    VIZINHA DE AVÓ

    A professora Ana Maria Moraes morava ao lado da família do adolescente de 16 anos que era seu ex-aluno. Segundo o ex-genro da vítima, o major da PM Frederico Afonso Izidoro, a avó do adolescente chegou a cuidar da filha de Ana Maria e o suspeito sempre estava na casa dos avós.

    O major contou que a família do adolescente pediu perdão pelo o que o rapaz fez. "Acreditamos que ambos se reconheceram. Acho que ela não iria ter esquecido dele como aluno, ainda mais em uma cidade pequena", disse. Segundo Izidoro, a professora era muito querida pelos alunos. "A Ana era uma pessoa dócil. Acho que ela deve ter tentado conversar com eles. Vai deixar saudade", disse o ex-genro.

    A professora estava aposentada do Estado e dava aulas na rede da Prefeitura de Itatiba, onde morava com a família. Ela deixou três filhos e uma neta.

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