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    Rio de Janeiro

    Crivella é aprovado por 16%, e Pezão, por 3% dos cariocas, aponta Datafolha

    ITALO NOGUEIRA
    DO RIO

    07/10/2017 02h00 - Atualizado às 11h57

    Em meio à crise financeira e de segurança pública do Rio, tanto o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) como o prefeito Marcelo Crivella (PRB) registram uma baixa aprovação entre os eleitores da capital. É o que mostra pesquisa do Datafolha.

    O peemedebista é aprovado por apenas 3% dos entrevistados, enquanto o prefeito, por 16%. A desaprovação do governo Pezão atinge 81% da população, enquanto a gestão Crivella é considerada ruim ou péssima por 40%. Pezão está no governo desde abril de 2014, quando Sérgio Cabral (PMDB) renunciou ao mandato. Ele foi reeleito em outubro do mesmo ano.

    Toda a sua gestão foi marcada por sucessivos atrasos de salários dos servidores públicos, grave crise fiscal e piora da segurança pública –com disparada de indicadores de criminalidade e enfraquecimento das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora).

    Já Crivella tem só nove meses de gestão. Neste período, aprovou aumento do IPTU e reduziu investimentos para, segundo ele, tentar evitar atrasos de salários de servidores também no município. Em decreto do mês passado, Crivella chegou a anunciar que só pagaria fornecedores no ano que vem.

    NOTA

    O governador Pezão recebeu nota 2 dos entrevistados na pesquisa Datafolha, enquanto o prefeito Crivella, 4,5. O instituto entrevistou 812 pessoas entre os dias 3 e 4 de outubro. A margem de erro é de quatro pontos percentuais para mais ou menos.

    O desempenho de Crivella é um pouco melhor entre os eleitores que votaram no prefeito no segundo turno das eleições no ano passado. Neste grupo, 30% avaliam seu início de gestão como ótimo ou bom, enquanto 21% desaprovam a administração.

    Entre os evangélicos, o prefeito –que é bispo licenciado da Igreja Universal e sobrinho de Edir Macedo– também tem resultado melhor. Entre os fiéis de denominações não pentecostais, 31% o aprovam e 22% desaprovam.
    Já entre os pentecostais –nos quais se incluem a Universal e a Assembleia de Deus–, 27% avaliam a gestão como boa ou ótima, e 26% como ruim ou péssima.

    O Datafolha também perguntou aos entrevistados quais foram os melhores e os piores governadores e prefeitos da história do Rio.

    Um terço (33%) não soube indicar um nome. César Maia (DEM) e Eduardo Paes (PMDB), os últimos a ocupar o cargo de prefeito, lideram a lista entre os melhores, com 19% e 17%, respectivamente –um empate técnico.
    Paes também foi o mais citado como o pior prefeito (15%), seguido de Crivella (14%). Pouco mais de um terço (35%) não soube mencionou nenhum nome.

    GOVERNO

    Preso desde novembro do ano passado e condenado por corrupção, Cabral foi apontado como o pior governador do Rio por 38% das pessoas, seguido de Pezão (18%) –cerca de um quarto (26%) não soube responder. O mais citado como o melhor ocupante do Palácio Guanabara foi Leonel Brizola (14%), único a superar os 10 pontos percentuais.

    Governador entre os anos de 1983 e 1987, o resultado do pedetista, morto em 2004, melhora entre os que têm entre 45 e 59 anos (23%).

    Editoria de Arte/Folhapress
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