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    Aluno de escola em Goiânia mata dois colegas a tiros e deixa quatro feridos

    CLEOMAR ALMEIDA
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM GOIÂNIA

    DANIEL CARVALHO
    ENVIADO ESPECIAL A GOIÂNIA

    20/10/2017 12h53 - Atualizado às 16h10

    Um estudante de 14 anos sacou da mochila uma arma de seus pais, que são PMs, e atirou contra colegas de classe numa escola particular de Goiânia, deixando dois mortos e outros quatro feridos.

    O crime ocorreu na manhã desta sexta-feira (20). O menino disse à polícia que decidiu fazer os disparos porque sofria bullying. Colegas de escola disseram que ele era chamado de "fedorento".

    Os dois adolescentes mortos tinham 13 anos. Outros quatro ficaram feridos, sendo três meninas e um menino. Ao menos uma das meninas está em estado grave. Todos são estudantes do oitavo ano da escola Goyases.

    Arquivo Pessoal
    Adolescente após ter efetuado ataque a tiros a colegas de escola em Goiânia
    Adolescente após ter efetuado ataque a tiros a colegas de escola em Goiânia

    O autor dos disparos foi apreendido pela polícia. Segundo testemunhas, ele primeiro colocou a mão dentro da mochila, onde estava a arma e, acidentalmente, deu um único tiro. Depois, ele atirou em João Pedro Calembo, seu desafeto. Quando todos olharam, passou a disparar a esmo, matando João Vitor Gomes e ferindo os outros colegas. Adolescentes saíram correndo desesperados e se esconderam em outras salas.

    Segundo os Bombeiros, às 11h50, uma mulher ligou para um serviço de emergência e se identificou como professora do colégio. Ela contou que uma pessoa estava efetuando disparos no local.

    O atirador utilizou uma pistola.40 da PM. A arma pertencia à mãe dele –ela, que é sargento, passou mal e está internada, segundo disse à polícia o pai do garoto, que é major. Foram ao menos 11 tiros, que deixaram marcas de bala na parede e no chão da sala.

    TIROS EM GOIÂNIA Raio-x da escola particular Goyases, onde ocorreu o ataque

    A polícia informou que o adolescente foi contido pela coordenadora da escola. Ele também apontou a arma para a própria cabeça, mas ela o convenceu a não disparar. Ele então atirou no chão e pediu para que a profissional chamasse a polícia. O delegado disse que ele travou a arma, mas não a entregou à coordenadora, que o levou à biblioteca e chamou a polícia.

    O pai do atirador disse que o adolescente já fez acompanhamento psicológico, era um ótimo aluno e tinha uma boa relação em casa. O adolescente foi apreendido, mas os pais dele, que podem ser responsabilizados pelo crime, estão em liberdade.

    Segundo o delegado Luiz Gonzaga Júnior, o jovem tinha apenas um dos colegas como alvo, um dos mortos. "Em um desequilíbrio emocional ele acabou atingindo todos os outros." Alunos da escola ficaram transtornados. "Isso não está acontecendo. O ano acabou", disse uma estudante. A escola, de classe média, fica na região leste de Goiânia.

    Perfil da escola -

    Cleomar Almeida/Folhapress
    Alunos do colégio Goyases se abraçam em frente à escola
    Alunos do colégio Goyases se abraçam em frente à escola
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