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    Operação contra pedofilia prende mais de 100 em 24 Estados e no DF

    LUIZA MELLO FRANCO
    DO RIO

    20/10/2017 13h40 - Atualizado às 20h14

    Suamy Beydoun/Agif/Folhapress
    Polícia Civil faz prisão de operação deflagrada em quase todo o país contra a pedofilia
    Polícia Civil faz prisão de operação deflagrada em quase todo o país contra a pedofilia

    Uma operação do Ministério da Justiça e Segurança Pública deflagrada nesta sexta-feira (20) prendeu um total de 108 pessoas suspeitas de disseminar conteúdo de pornografia infantil e pedofilia na internet.

    As prisões ocorreram em 24 Estados e no Distrito Federal. Dois Estados –Amapá e Piauí– não participaram porque não conseguiram concluir as investigações em tempo hábil, mas devem fazê-lo nas próximas semanas.

    Foram expedidos 178 mandados de busca e apreensão, que resultaram em 97 prisões em flagrante. A operação segue em andamento, por isso o número deve aumentar até o fim do dia. São Paulo teve o maior número de mandados expedidos, 40, dos quais 25 já foram cumpridos.

    No total, foram identificados mais de 151 mil arquivos com conteúdo de pedofilia –cenas de sexo explícito com a participação de crianças– que eram compartilhados entre os suspeitos. A lei diz que apenas armazenar esse tipo de material já configura crime. Os suspeitos tanto armazenavam quanto compartilhavam esse material. Em alguns casos, também o produziam.

    "O próximo passo da investigação é ver qual era a relação entre eles, que tipo de conexão e colaboração havia", disse o ministro Torquato Jardim, em entrevista.

    COLABORAÇÃO

    A operação foi descrita pelo Ministério da Justiça como a maior que já houve no Brasil e na América Latina. A investigação durou seis meses.

    Até então, a maior no Brasil havia sido a operação Carrossel 2, deflagrada em 2008, que resultou no cumprimento de 113 mandados de busca e apreensão em 17 Estados.

    A operação desta sexta, intitulada Luz na Infância, foi coordenada pela Diretoria de Inteligência da Secretaria Nacional de Segurança Pública e teve a colaboração de autoridades americanas e europeias, que contribuíram compartilhando software e arquivos.

    As informações obtidas foram, então, passadas para as polícias civis de todos os Estados do país, que instauraram inquéritos e pediram à Justiça autorização para executar os mandados de busca e apreensão que vieram à tona nesta sexta-feira.

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