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    'Ele levantou a arma e atirou para todo lado', diz colega de atirador de Goiânia

    CLEOMAR ALMEIDA
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM GOIÂNIA

    20/10/2017 16h40

    Cristiano Borges/O Popular/Folhapress
    Dois adolescentes de 12 e 13 anos morreram e outros quatro ficaram feridos após um estudante de 14 anos abrir fogo dentro do Colégio Goyases, no Conjunto Riviera, em Goiânia. As vítimas faleceram na hora, dentro da escola. Segundo a Polícia Científica, os mortos são João Pedro Calembo e João Vitor Gomes. Os feridos são dois menores de 14 anos e dois de 13 anos que foram levados para o Hospital de Urgências de Goiânia (HUGO) e para o Hospital dos Acidentados. ***PARCEIRO FOLHAPRESS - FOTO COM CUSTO EXTRA E CRÉDITOS OBRIGATÓRIOS***
    Movimentação da polícia e bombeiros em frente ao colégio goianiense

    Eram 11h40 e acabara de soar o sinal do penúltimo horário de aula desta sexta-feira (20) no Colégio Goyases, uma escola particular em Goiânia.

    Nesse momento, um aluno de 14 anos deu o primeiro tiro. Dois adolescentes, de 12 e 13 anos, morreram e outras quatro pessoas ficaram feridas.

    TIROS EM GOIÂNIA Raio-x da escola particular Goyases, onde ocorreu o ataque

    "Eu vi o momento. A gente tinha acabado de bater o sinal do penúltimo horário. Eram 11h40. A gente escutou um barulho bem alto, parecia de bombinha. Como a gente tinha mostra [de ciência] amanhã [sábado (21)], a gente pensou que era um dos experimentos", disse uma estudante de 13 anos, aluna da mesma sala do atirador, no 8º ano.

    Ela disse à Folha que estava com uma colega e a professora próximo à porta da sala de aula. O atirador estava próximo ao fundo do ambiente.

    "A professora perguntou 'o que que é isso?'. Ele levantou a arma e atirou para todo lado. Peguei na mão da minha amiga e saí correndo", afirmou a aluna.

    Os adolescentes mortos são João Pedro Calembo e João Vitor Gomes. O segundo, de acordo com a colega, era amigo do atirador. Estudantes relataram que o menino que efetuou os disparos sofria bullying e tinha o apelido de "fedido", segundo eles, porque não usava desodorante.

    "Ele não era calmo. Ele era bem estranho. Se você chegasse pra falar com ele, ele já falava 'ah, eu vou matar seu pai e sua mãe, eu vou te matar'. A gente nunca chegou a falar isso para a escola porque não achava que era verdade, que ele chegaria ao ponto de fazer isso", disse a estudante.

    Perfil da escola -

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