Gerson Trevizani sonhava em ser químico, mas exerceu a profissão por pouco tempo. Mudou de ares ao receber o convite para dar aulas de química, em sua cidade natal, Pirajuí (a 40 km de Bauru, SP).

O trabalho, que seria temporário, acabou sendo a sua maior paixão. Nos anos 1970, ajudou a fundar um curso pré-vestibular, o Grupo Preve –hoje parceiro do Objetivo com 11 unidades no interior.

Deu aulas até 1985, quando decidiu ser diretor das escolas. Fundou ainda duas faculdades –a Associação Bauruense de Ensino Superior e Cultura (que se fundiu com a UNIP) e o Instituto de Ensino Superior de Bauru.

Apaixonado por comunicação, foi proprietário do "Diário de Bauru" e em 1995, fundou uma emissora educativa, "TV Preve", em que entrevistava parlamentares.

Era criativo, contador de histórias, falante, e às vezes, explosivo. Tinha amplo conhecimento e sempre algum bom argumento para debater sobre qualquer assunto, lembra o amigo Samuel Ferro. Para ele, viajar era uma forma incrível de estar em contato com outras culturas –conheceu 54 países.

Nos momentos de lazer, andava de bicicleta e assistia aos jogos do Palmeira na TV. Gostava de estar com a família e amigos em seu sítio, jogando truco e dominó. É lembrado como um pai e avô centrado e preocupado -chegava a ligar de três a quatro vezes por dia para saber notícias.

Dois dos seus seis filhos se tornaram diretores de escola, como o pai. Morreu de infarte no dia dos professores, aos 74. Além dos filhos, deixa nove netos e três bisnetos.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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