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    Rio de Janeiro

    Polícia Militar mata cinco em operação na zona norte do Rio

    DO RIO

    28/10/2017 16h58 - Atualizado às 20h34

    Cinco pessoas foram mortas pela Polícia Militar do Rio durante uma operação neste sábado (28) no morro do Juramento, zona norte da cidade.

    A ação, segundo a PM, tinha como objetivo localizar os responsáveis pela morte de Augusto da Silva Alves, na terça-feira (24), durante um assalto.

    Segundo nota da corporação, um grupo de criminosos disparou contra os agentes assim que que chegaram ao morro. Seis suspeitos foram atingidos e, segundo a PM, levados para o Hospital Getúlio Vargas. Um deles permanece internado, sob custódia –os demais morreram.

    A PM afirma ter apreendido com o grupo um fuzil AK-47, quatro pistolas, quatro granadas e três radiotransmissores.

    Alves foi morto em Vicente de Carvalho quando estava com a mulher e o filho de nove meses no carro. O crime ocorreu num dos acessos ao morro do Juramento.

    De acordo com testemunhas, os criminosos abordaram Alves dando ordem para que parasse o veículo. Ele tirou o pé da embreagem, o que fez o carro dar um solavanco para trás, o que fez com que os assassinos disparassem.

    ROCINHA

    A favela da Rocinha registrou novo tiroteio neste sábado (28), deixando um mototaxista ferido na perna. Ele está internado no Hospital Miguel Couto em estado grave.

    A PM havia informado apenas que "dois homens sofreram um acidente de moto na localidade do Laboriaux, quando tentavam fugir por não obedecerem a ordem de parada de policias do Batalhão de Choque".

    A Secretaria Municipal de Saúde, porém, confirmou que o mototaxista foi baleado na perna. O estado dele é grave.

    Após o caso, mototaxistas fizeram um protesto na autoestrada Lagoa-Barra. A manifestação foi dispersada com gás lacrimogênio pela PM.

    CRISE

    O Rio enfrenta uma grave crise financeira, com cortes de serviços e atrasos de salários de servidores, e está perto de um colapso na segurança pública.

    Um outro efeito dessa crise tem sido o aumento dos índices de criminalidade e a redução do número de policiais em favelas ocupadas por facções criminosas. As UPPs, bases policiais em comunidades controladas pelo tráfico, perderam parte de seu efetivo.

    RAIO-X DA CRISE NO ESTADO DO RIO

    Nos últimos meses, têm sido rotina mortos e feridos por bala perdida, além de motoristas obrigados a descer de seus carros para se proteger dos tiros.

    Outro braço dessa crise é a morte de policiais. Só neste ano já foram 113 PMs assassinados no Estado. A situação de insegurança também levou o presidente Michel Temer (PMDB) autorizar o uso das Forças Armadas para fazer a segurança pública do Rio até o final do ano que vem.

    CERCO NO CENTRO

    Na madrugada da última sexta (27), as forças policiais do Estado do Rio de Janeiro deflagraram uma operação em quatro morros no centro da capital fluminense (São Carlos, Zinco, Querosene e Mineira).

    A ação tem apoio das Forças Armadas, que estão desde o final de julho no Rio para reforço na segurança pública.

    Cerca de 1.700 militares e dez carros blindados das Forças Armadas participam da operação, com cerco aos principais acessos –sem contar os efetivos das polícias Civil e Militar–, segundo a assessoria do CML (Comando Militar do Leste).

    Outra operação teve início na noite da quinta (26), no Complexo do Lins, região do Méier (zona norte), para tentar capturar homens envolvidos na morte do coronel Luiz Gustavo de Lima Teixeira, 48, assassinado a tiros no fim da manhã do mesmo dia. Teixeira era comandante do 3º Batalhão de Polícia Militar do Rio. Ao todo, doze pessoas foram presas na ação.

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