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    Prefeitura de São Paulo promete mais comida fresca e menos desperdício

    MARIANA ZYLBERKAN
    GIBA BERGAMIM JR.
    DE SÃO PAULO

    29/10/2017 14h25

    A gestão João Doria (PSDB) diz ter uma série de ações para distribuição de alimentos in natura e promete ampliá-las. Assim, busca amenizar a polêmica em torno da farinata, que passou a ser tratada como política secundária.

    "Estendemos o programa de hortas urbanas e temos uma política de apoio aos agricultores na área rural [em Parelheiros, no extremo sul]", disse a secretária municipal do Trabalho e Empreendedorismo, Aline Cardoso.

    Outra medida, segundo a secretária, é um programa de combate ao desperdício, iniciado no mercado Kinjo Yamato, ao lado do Mercadão. Em dez dias, diz a prefeitura, foi arrecadada 1,2 tonelada de frutas, legumes e verduras.

    A ideia é que os produtos de qualidade que restaram nas gôndolas ao final do dia sejam encaminhados a entidades, que, por sua vez, distribuirão às pessoas carentes.

    por faixa etária -

    A administração diz que melhorou o apoio à agricultura familiar, por meio do atendimento técnico a cem agricultores familiares e da oferta de maquinário para plantio. Também prevê o mapeamento de 150 hortas urbanas, entre públicas e privadas. Diz ainda que vai ampliar a compra de produtos orgânicos ou vindos de agricultura familiar para a merenda escolar.

    Segundo a prefeitura, tudo faz parte do Plano Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional e será discutido na câmara técnica municipal responsável, em reunião na próxima quarta-feira (1º). A Folha mostrou na semana passada que o grupo, que envolve várias secretarias, não se reúne há 11 meses.

    A Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social diz que são distribuídas 367.152 refeições por dia em centros de acolhida.

    Já o governo Geraldo Alckmin (PSDB) afirma apostar nos 22 restaurantes populares da rede Bom Prato (que oferece refeições a R$ 1), no Programa Vivaleite e em ações de apoio a agricultores. No Bom Prato, são 38 mil refeições diárias na capital, segundo a gestão tucana.

    Desnutrição* - Número de crianças com magreza acentuada com menos de 2 anos

    Extrema pobreza - Percentual de pessoas com renda per capita inferior a R$ 70 por mês*

    Já o Vivaleite distribui anualmente na cidade 17 milhões de litros do produto, diz a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social. O leite é oferecido a cerca de 43 mil crianças e 54 mil idosos por mês. "Há toda uma estrutura montada para não permitir que ninguém chegue numa situação de fome", afirma o secretário Floriano Pesaro.

    Ele inclui nesse processo o o programa estadual Renda Cidadã, que tem meta de atender 12.560 pessoas em 2017.

    A Secretaria Estadual de Agricultura diz que investe na criação de hortas urbanas, na capacitação de pessoas para conscientização sobre alimentação saudável e em feiras de orgânicos com itens vendidos direto do produtor, mais baratos.

    O Ministério do Desenvolvimento Social citou o programa de distribuição de renda Bolsa Família –com 466,6 mil famílias beneficiadas na cidade– como um dos mecanismos adotados pelo governo federal para reduzir os índices de desnutrição no país.

    Além disso, o ministério elenca outras iniciativas, como o Programa Nacional de Alimentação Escolar, que transfere recursos aos municípios para reforçar a merenda, e o acompanhamento nutricional feito por estabelecimentos de saúde nas cidades.

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