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    Polícia apura se suspeitos de fraudar concursos planejavam agir no Enem

    ANA CARLA BERMÚDEZ
    DO UOL, EM SÃO PAULO

    30/10/2017 13h00

    Bruno Santos/Folhapress
    São Paulo, SP, BRASIL- 25-10-2015: Estudantes chegam para a prova do Enem 2015, na Unip Paraíso, na Avenida Vergueiro 1211. (Foto: Bruno Santos/ Folhapress) *** COTIDIANO *** EXCLUSIVO FOLHA***
    Estudante confere lista de localização de salas para prova do Enem

    As polícias civis de Goiás e do Distrito Federal deflagraram nesta segunda-feira (30) uma operação contra um grupo suspeito de ter praticado fraudes em vestibulares de medicina e diversos concursos públicos pelo Brasil, inclusive o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) de 2016.

    Segundo a assessoria da Polícia Civil de Goiás, os policiais investigam indícios de que o grupo teria planos para fraudar o Enem deste ano, cujas provas acontecem no próximo domingo (5) e no dia 12 de novembro. Mais de 6,73 milhões de candidatos farão o exame em 12.416 locais de prova pelo Brasil.

    Em conjunto, as operações Panoptes, da Polícia Civil do DF, e Portas Fechadas, da Polícia Civil de Goiás, cumprem 19 mandados de busca e apreensão, 11 de condução coercitiva e 8 de prisão preventiva nas cidades de Goiânia, Brasília, Nova Glória, Valparaíso e Aparecida de Goiânia.

    A assessoria de imprensa do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), responsável pela aplicação do Enem, afirmou que o órgão ainda não foi notificado e está em busca do inquérito para poder se manifestar.

    OUTRAS EDIÇÕES

    Em novembro do ano passado, duas operações da Polícia Federal prenderam pelo menos 11 pessoas suspeitas de participar em um esquema de fraude no Enem. Foram elas a operação Embuste, em Minas Gerais, e a operação Jogo Limpo, deflagrada nos Estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Paraíba, Tocantins, Amapá e Pará.

    Segundo a PF, os indícios eram de que os fraudadores tiveram acesso antecipado às provas para então transmitir o gabarito por ponto eletrônico para candidatos que faziam o Enem. De acordo com as investigações, o grupo de Minas cobrava entre R$ 40 mil e R$ 50 mil pelo gabarito da prova.

    Em setembro deste ano, o Inep decidiu anular o resultado do Enem de 13 participantes que foram indiciados por fraude pela PF na operação Jogo Limpo. Dos 13 indiciados, três fizeram o Enem em 2015. Os outros dez participaram do Enem em 2016. A maioria deles, segundo o Inep, estava matriculada em cursos de medicina e odontologia em universidades federais das regiões Norte e Nordeste.

    O Inep diz ainda que está monitorando o caso de 13 participantes suspeitos de terem fraudado o Enem em 2013, de acordo com informações da operação Hemostase, deflagrada pela Polícia Civil de Minas Gerais em 2014. 

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