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    Cinco mentiras e uma verdade sobre a edição 2017 do Enem

    AGÊNCIA LUPA

    03/11/2017 03h12

    "A prova do Enem é realizada no mesmo fim de semana, uma parte no sábado e outra no domingo"

    FALSO A partir de 2017, o Enem passa a ser aplicado em dois domingos consecutivos –e essa é uma das principais mudanças na prova. Antes, o exame era realizado em um único final de semana. A ordem das provas também mudou: no primeiro dia, serão aplicados os exames de ciências humanas, português e redação. Matemática e ciências da natureza ficaram para o encerramento.

    "Treineiros não poderão mais fazer o Enem"

    FALSO Em novembro de 2016, a presidente do Inep, Maria Inês Fini, anunciou que o Ministério da Educação estudava a possibilidade de proibir alunos do primeiro e segundo anos do ensino médio, os chamados "treineiros", de fazer o exame para reduzir os custos e as ausências, mas essas medidas não foram aplicadas à edição de 2017. No ano passado, 1.344.060 treineiros fizeram o Enem –16% dos 8,6 milhões de candidatos. Em 2017, serão cerca de 600 mil, ou 8,9% dos 6,7 milhões de participantes.

    "O Enem serve para obter um diploma de ensino médio"

    FALSO De 2009 a 2016, os candidatos com mais de 18 anos podiam usar o Enem para obter o certificado de conclusão do ensino médio –já selecionavam a opção na inscrição da prova. No ano passado, 1,03 milhão de pessoas tentaram esse caminho e 80 mil delas (7,7%) conseguiram. A partir do Enem de 2017, no entanto, isso não será mais possível. Agora esse grupo deverá fazer o Encceja (Exame Nacional para a Certificação de Competências de Jovens e Adultos).

    "A nota do Enem não serve para faculdades estrangeiras"

    FALSO Em 2014, o Inep fechou um convênio com universidades portuguesas para que o exame também fosse aceito por lá. Atualmente, 27 instituições portuguesas abrem vagas para brasileiros via Enem. Vale ressaltar, no entanto, que não existe qualquer auxílio financeiro do governo brasileiro para esses estudantes.

    "Foi proibido levar lanche para a prova"

    FALSO Não há proibição para o consumo de alimentos no local de prova. O que há de novo é que, a partir da edição deste ano, os lanches também serão vistoriados pelos fiscais. Lápis, lapiseira e borracha são itens proibidos. Canetas que não sejam transparentes também estão vetadas.

    "Se eu escrever um poema na redação, ela é zerada"

    VERDADEIRO O objetivo da redação é avaliar se o aluno consegue desenvolver um tema dentro da estrutura exigida pela prova, que é a dissertação argumentativa. Por isso, escrever propositalmente uma parte desconectada do tema –como a redação do miojo, em 2013, ou um poema, é um dos motivos que podem levar a um zero na redação. Outra regra que anularia o exame é a de desrespeito aos direitos humanos. Atualmente, ela está suspensa por uma decisão judicial ligada ao movimento Escola sem Partido. O MEC orienta os alunos a seguir o edital, pois anunciou recurso.

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