Um manobrista de valet foi preso neste sábado (4) acusado de dirigir embriagado o carro de um cliente e bater em um outro veículo, matando um jornalista de 36 anos e ferindo outras duas pessoas, uma delas gravemente. O acidente aconteceu na Santa Ifigênia (região central de SP).

Segundo a polícia, o manobrista Renato Santos Bosco, 28 anos, levava para um estacionamento o Range Rover Evoque de um cliente do tradicional bar Brahma.

Ele trabalha na empresa White Service, que presta serviços para o bar. À 1h, Bosco bateu o veículo em um Chevrolet Onix, conduzido por um motorista do Uber, na esquina das ruas Conselheiro Nébias e dos Gusmões.

O jornalista Thyago Gadelha Chaves, 36 anos, que ocupava o banco do passageiro dianteiro do Ônix, morreu na hora. Uma mulher de 34 anos que estava no banco de trás e o motorista do Uber, de 25 anos, ficaram feridos. O motorista foi levado para a Santa Casa e a mulher para o Hospital das Clínicas. O estado dela é grave, diz a PM.

Ainda segundo a PM, o manobrista passou pelo teste do bafômetro, que acusou presença de álcool no sangue dele. A polícia não divulgou a dosagem. O lado direito do carro, onde estava o jornalista, ficou destruído. "Pela
destruição do Onix, o carro que o atingiu estava em alta velocidade, muito acima do permitido naquela rua (40 km/h)", disse um policial que pediu anonimato.

O caso foi registrado no 2º DP (Bom Retiro) como homicídio doloso (com intenção de matar). Bosco passou por audiência de custódia, teve a prisão preventiva decretada e seria encaminhado para o CDP (Centro de Detenção Provisória) de Pinheiros.

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	O jornalista Thyago Gadelha Chaves, 36, morreu devido à colisão

BEBIDA ALCÓOLICA

Bosco admitiu na audiência de custódia que havia ingerido bebida alcoólica. O "Agora" não conseguiu contato com a defesa dele.

A empresa White Service afirmou por meio de nota que lamenta o ocorrido e "presta solidariedade a todos".

"O funcionário sempre desempenhou um bom comportamento e nunca apresentou problemas. A empresa irá arcar com todas as responsabilidades legais", disse, na nota.

O bar Brahma afirmou que lamenta o ocorrido e que se solidariza com todos os envolvidos e familiares. Disse também que o serviço de valet "é prestado por uma terceirizada, que poderá esclarecer mais detalhes".