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    Homem é espancado até a morte após matar ex-namorada a facadas em SP

    MARTHA ALVES
    ROGÉRIO PAGNAN
    DE SÃO PAULO
    FABIO PAGOTTO
    DO "AGORA"

    08/11/2017 05h06 - Atualizado às 23h48

    O garçom José Francimildo de Araújo, 41, foi espancado até morte na noite de terça (7) após assassinar a facadas a ex-namorada e ferir a amiga dela em um ponto de ônibus em Cangaíba, zona leste de São Paulo.

    De acordo com testemunhas, o crime ocorreu por volta 18h40 quando a primeira vítima, a estudante Elisabete Pinto de Oliveira, 33, esperava o ônibus para ir à Etec Tiquatira, na Penha (zona leste), onde cursava modelagem de vestuário.

    Segundo Elenice Rosa de Souza, 43, amiga da estudante, o garçom atacou enquanto elas esperavam o ônibus. "Há duas semanas a mãe dela pedia para que alguém a acompanhasse até o ponto, na ida e na volta, porque ele estava descontrolado, perseguindo a Elisabete", disse Elenice.

    "Ele veio chegando, e pelo rosto dele vi que estava perturbado. Peguei-a pelo braço e tentamos atravessar a rua. Não deu. Ele puxou a faca sem abrir a boca e a acertou no pescoço", afirmou Elenice.

    Elenice tentou desarmar Araújo, mas não conseguiu. "Peguei na faca e ele puxou, rasgando meu dedão. Aí ele me deu uma facada no braço e depois várias no meu peito", conta Elenice. "Gritei e pessoas vieram, e bateram nele até ele parar de respirar", diz. Ela tomou 13 pontos no braço e 20 nos outros ferimentos.

    Pessoas que passavam pelo local viram a cena, tomaram a faca de Araújo e passaram, então, a agredi-lo a pauladas e pedradas na cabeça. Quando o socorro chegou, tanto Araújo quando Elisabete estavam mortos.

    Ninguém foi detido pela morte do garçom. Os casos foram registrados como feminicídio e homicídio e são investigados pelo DHPP (departamento de homicídios).

    O pai de Elisabete, o motorista Carlos Francisco de Oliveira, 60, chegou ao ponto de ônibus, vindo do trabalho, no momento em que a filha estava sendo socorrida pela ambulância.

    Ele contou aos policiais que a estudante teve um relacionamento amoroso com Araújo, "vizinho de parede", por cerca de três anos. Havia cinco meses, porém, a moça terminou o namoro, mas o garçom não aceitou e passou a persegui-la.

    Em razão disso, Elisabete não mais saía de casa sozinha. A moça sentia-se ameaçada, mas não registrou boletim de ocorrência.

    LOJINHA

    Elisabete Pinto de Oliveira, 33, havia aberto uma pequena loja na própria casa, no Jardim Piratininga, em Cangaíba, para vender as roupas que ela mesma estava começando a produzir. Para isso, cursava modelagem de roupas, afirmaram familiares da estudante.

    "Ele (Francimildo) tinha ciúmes por ela ser bonita, independente e mais jovem", disse um familiar que pediu para não ser identificado. Elenice iria ser sócia de Elisabete na loja. "Tínhamos muitos planos", disse a autônoma.

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