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    Fechado após pirataria, shopping da 25 de Março será liberado por Doria

    THAIS BILENKY
    GIBA BERGAMIM JR.
    DE SÃO PAULO

    14/11/2017 02h00

    Rivaldo Gomes/Folhapress
    SAO PAULO, SP, 11/09/2017, BRASIL, 11/09/2017 - RECEITA FEDERAL FECHA O SHOPPING 25 - 10:28:39 - A Receita Federal realiza na manha desta segunda-feira (11) uma operacao para combater o comercio de mercadorias irregulares, fruto de contrabando e falsificao, acabando com o fechamento do Shopping 25. Fachada do shopping pela 25 de Marco. (Rivaldo Gomes/Folhapress, NAS RUAS) - ***EXCLUSIVO AGORA*** EMBARGADA PARA VEICULOS ONLINE***UOL, FOLHAPRESS E FOLHA.COM CONSULTAR FOTOGRAFIA DO AGORA***FONES 32242169 E 32243342**
    Shopping 25 de Março, no centro de SP, fechado durante setembro em operação da Receita Federal

    A gestão João Doria (PSDB) decidiu liberar a reabertura nos próximos dias do Shopping 25 de Março, no centro de São Paulo, dois meses depois de ele ser lacrado em megaoperação contra a pirataria.

    O secretário municipal de Justiça, Anderson Pomini, prevê a assinatura de um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) nesta terça-feira (14). Nele, os donos se comprometem a não vender produtos ilegais, sob pena de multa de R$ 100 mil por dia em caso de descumprimento.

    O centro comercial foi fechado pela prefeitura em setembro, após a Receita Federal identificar que comerciantes que alugavam os boxes vendiam produtos piratas.

    A decisão gerou embate dentro da própria gestão Doria -e foi um dos motivos para a demissão de Fabio Lepique da secretaria-adjunta de Prefeituras Regionais. Ligado ao vice-prefeito, Bruno Covas, Lepique protestou contra as articulações de Pomini para a reabertura do shopping.

    Em artigo na Folha, Covas, então secretário de Prefeituras Regionais, havia comemorado na época a ação para fechamento do local. "Nesse espaço emblemático do comércio ilegal devem ser recolhidas cerca de 800 toneladas de mercadorias, no valor de R$ 300 milhões", afirmou.

    No final de outubro, Thomas Law, filho do proprietário do shopping, Law Kin Chong, retomou a negociação com a gestão Doria, por intermédio de Pomini. Segundo apurou a Folha, Law sugeriu a revalidação do TAC antes da entrega de todos os documentos exigidos, mas enfrentou resistência.

    Em menos de um mês, ele obteve os autos de vistoria do Corpo de Bombeiros e de verificação de segurança, da Secretaria de Licenciamento -documentos necessários para esses empreendimentos. Com isso, Pomini informou servidores municipais sobre a assinatura do TAC -que deve permitir a retomada da atividade para compras de Natal.

    Pelo termo, os donos dessa unidade e de outra (Galeria Florêncio, também lacrada e pertencente ao mesmo grupo) terão de cumprir medidas contra a venda de produtos pirateados, como instalar mil câmeras de monitoramento na cidade em 60 dias.

    Além da multa diária de R$ 100 mil aos donos em caso de descumprimento, os cerca de 900 locatários podem sofrer punição de R$ 30 mil por dia. Segundo a prefeitura, os donos serão corresponsáveis pelas infrações dos que alugam boxes. Assim, terão que coibir também a venda de produto irregular caso flagre algum comerciante agindo ilegalmente ou sem documentação.

    Em geral, TACs no município têm a assinatura do Ministério Público, da prefeitura e do interessado. Mas, internamente, Pomini disse entender que, nesse caso, a participação do Ministério Público é dispensável, por envolver um fechamento administrativo. O novo termo reforça, porém, ser obrigatório respeitar outros TACs assinados em 2010 e 2012, com participação da Promotoria.

    Desde setembro, integrantes da gestão Doria contrários ao fechamento argumentavam que a medida levaria à perda de cerca de 900 empregos.

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