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    Parente é preso suspeito de participar de assassinato de meninas em SP

    LUCIANO CAVENAGUI
    DO "AGORA"

    16/11/2017 15h32 - Atualizado às 23h06

    O tio de uma das duas meninas de três anos encontradas mortas em um carro na favela do Jardim Lapena, em São Miguel Paulista (zona leste de São Paulo), no mês passado, foi preso acusado de participação nos crimes. Segundo a polícia, a perícia encontrou esperma dele na camiseta de uma das vítimas.

    Thiago Henrique Oliveira Santos, 27, foi detido em 31 de outubro, mas a informação só foi divulgada nesta quinta (16) pela polícia. Ele é suspeito de participar do assassinato da sobrinha, Beatriz Moreira dos Santos, e da amiga dela, Adrielly Mel Severo Porto. A polícia espera outros laudos para saber se elas foram estupradas.

    A camiseta com o sêmen era a que sobrinha do suspeito vestia quando foi morta. Segundo a polícia, o teste de DNA apontou que o sêmen é do tio. Oliveira negou participação no crime. À polícia ele disse que tinha o costume de se limpar com as roupas espalhadas na casa onde morava com a mulher, o filho, a mãe e a sobrinha.

    "Apesar de parecer uma justificativa sem fundamento, ainda não podemos descartá-la totalmente. As condições do local onde a família vive são muito precárias. Temos de levar em conta também o laudo", afirmou o delegado responsável pela Divisão de Homicídios do DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa), Arlindo José Negrão Vaz.

    Reprodução/TV Globo
    Local onde foram encontrados os corpos, em São Miguel Paulista

    ACAREAÇÃO

    O delegado não descarta fazer uma acareação com um dos outros dois homens que já estavam presos, o motorista Marcelo Pereira de Souza, 37, que confessou o crime. Souza não relatou em depoimento a participação do tio de Beatriz. O outro homem detido é o pintor Everaldo de Jesus Santos, 53, que alegou inocência.

    Santos e Souza estão presos por 30 dias. Já Oliveira está detido temporariamente por 15 dias, e a prisão pode ser prorrogada por mais 15 dias.

    As meninas moravam na favela e desapareceram em 24 de setembro, quando brincavam perto de casa. Familiares chegarem a pregar cartazes em postes com fotos das duas. Em 12 de outubro, foram achadas mortas em um carro roubado que estava em um terreno na favela.

    RECONSTITUIÇÃO

    A polícia realizou nesta quinta reconstituição do caso, contando só com a participação Souza, pois somente ele confessou o crime.vDurou duas horas, entre as 12h30 e as 14h30, e teve protesto dos moradores do bairro, que se revoltaram com a presença de Souza no local.

    "A reconstituição serviu para confirmar as principais informações que foram passadas pelo réu confesso do caso", afirmou o delegado responsável, Arlindo José Negrão Vaz. Segundo o policial, foram confirmados horários e locais informados pelo motorista, importantes para a investigação. No término do trabalho, um grupo de moradores jogou pedras nos carros da polícia. Bombas de efeito moral foram lançadas para dispersar o grupo.

    Mapa da morte em São Paulo

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