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    Juíza morre em SP atingida por pedaço de ponte após acidente com caminhão

    MARTHA ALVES
    ARTUR RODRIGUES
    DE SÃO PAULO

    20/11/2017 03h13 - Atualizado às 22h40

    Nivaldo Lima/Futura Press/Folhapress
    SÃO PAULO,SP,20.11.2017:QUEDA-PEDAÇO-CONCRETO-VEÍCULO-BRÁS - Juíza fica ferida gravemente após o carro ser atingido por pedaços de concreto que caíram do viaduto Fepasa, na região do Brás, no centro São Paulo (SP), no final da noite deste domingo (19). Um caminhão com excesso de altura que trafegava pela avenida do Estado, no sentido Santana, atingiu a estrutura do viaduto. Pedaços de concreto caíram sobre o veículo, atingindo a juíza de 46 anos. O motorista do caminhão saiu ileso. A avenida do Estado está parcialmente interditada. (Foto: Nivaldo Lima/Futura Press/Folhapress) ***PARCEIRO FOLHAPRESS - FOTO COM CUSTO EXTRA E CRÉDITOS OBRIGATÓRIOS***
    Pedaços de concreto caíram sobre o veículo da juíza Adriana Nolasco da Silva

    Uma juíza morreu ao seu carro ser atingido por uma estrutura de concreto que se soltou do viaduto da Fepasa, na avenida do Estado, região central de São Paulo, na noite de domingo (19).

    A causa foi um caminhão com excesso de altura que se chocou com a parte de baixo da estrutura, por volta das 23h. Fragmentos caíram sobre o Honda CRV da juíza Adriana Nolasco da Silva, 46, que teve o crânio fraturado. O motorista dela saiu ileso, assim como o caminhoneiro.

    Há sinalização na ponte informando que a altura máxima permitida é de 4,30 m –o caminhão tem 4,46 m.

    Segundo a empresa dona do caminhão, porém, haveria informações "ainda não confirmadas" de um desnível de 15 centímetros na pista.

    A ponte é utilizada pela CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).

    O motorista do carro, Osmar de Carvalho, 53, disse à Folha que havia saído da casa de familiares da juíza e a levava para casa, em Cajamar, na Grande São Paulo. Carvalho afirma que trafegava a 50 km/h, quando viu o caminhão passar em velocidade superior e se chocar.

    Policial aposentado, ele diz que ao olhar para o lado, viu Adriana ferida. "Ela estava com muito sangue na cabeça. Não tinha sinal de vida. Eu chamei três, quatro vezes."

    O caminhoneiro, Pedro Fernandes de Oliveira, 42, disse à polícia que estava na velocidade permitida e que o trajeto foi definido pela empresa.

    ROTA DIÁRIA

    O caminhão presta serviço para a Coca-Cola Femsa Brasil. A empresa afirmou que "lamenta profundamente" o acidente ocorrido com o veículo de "transportadora terceira" e que apura o caso.

    A carreta pertence à FL Logística Brasil, que, em nota, lamentou o episódio e disse que o veículo "transitava dentro dos padrões legais". "Parte dos veículos da empresa utilizam este percurso como rota diária, há pelo menos cinco anos, sem registro de incidentes semelhantes", diz.

    À TV Globo, a CET disse que não havia desnível na pista e que não houve recapeamento recente na via.

    O caminhão foi multado por infração grave e será apreendido após perícia. O veículo não tinha autorização para veículos mais altos que o limite de 4,40m, obrigatória para circular na cidade.

    Mais cedo no domingo, o vereador Camilo Cristófaro (PSB) postara vídeo nas redes sociais apontando problemas na estrutura da ponte. Nas imagens, ele diz ter ligado para o prefeito João Doria (PSDB) para alertar sobre risco.

    Após o acidente, a Secretaria Municipal de Serviços e Obras e a Defesa Civil vistoriaram a ponte e não constataram problema estrutural.

    Segundo a CPTM, a ponte é "muito sólida" e o que foi afetado foi o acabamento de concreto na parte lateral. Os reparos serão concluídos no fim de semana para não afetar a circulação dos trens.

    O motorista do caminhão foi liberado após ser ouvido. A polícia apura o caso.

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