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    Contrabandistas aliciam índios na fronteira do Paraná com o Paraguai

    MARCELO TOLEDO
    DE RIBEIRÃO PRETO

    21/11/2017 19h01

    Divulgação
    Produtos contrabandeados apreendidos em ação da PF em Guaíra (PR) DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM
    Produtos contrabandeados apreendidos em aldeia indígena em ação da PF em Guaíra (PR)

    Três contrabandistas foram presos pela PF (Polícia Federal) após a descoberta de que estavam aliciando índios e utilizando uma aldeia às margens do lago de Itaipu para esconder mercadorias trazidas ilegalmente do Paraguai.

    As prisões e apreensões ocorreram na última semana na aldeia indígena Tekoha Marangatu, em Guaíra (a 668 km de Curitiba).

    Os agentes do Nepom (Núcleo Especial de Polícia Marítima), da PF, apreenderam numa maloca (espécie de cabana coletiva) cerca de 20 grandes caixas embaladas com produtos contrabandeados. Também foram apreendidos um motor de barco, uma carreta para a embarcação e três carros velhos usados para transportar a mercadoria.

    Segundo a PF, os contrabandistas –todos brasileiros– foram presos em flagrante. Criminosos na fronteira têm optado por utilizar carros velhos no início do percurso para fugir da fiscalização. Caso sejam pegos, o prejuízo é menor, já que o veículo também é apreendido.

    De acordo com os agentes, os contrabandistas aliciavam os indígenas para que eles permitissem a passagem e o armazenamento de produtos ilegais no local.

    Não é a primeira ocorrência envolvendo essa aldeia indígena e a criminalidade na fronteira. No primeiro semestre, a PM (Polícia Militar) apreendeu 20 quilos de maconha e 7,3 quilos de haxixe na Tekoha Marangatu. Outras três pessoas foram presas.

    Guaíra tem sido cada vez mais utilizada por contrabandistas que tentam escapar da forte fiscalização em Foz do Iguaçu (PR). Eles percorrem cerca de 200 quilômetros por rios até chegarem à fronteira entre a pequena Guaíra e Salto del Guairá, do lado paraguaio.

    Na região, a Folha encontrou portos ilegais sendo feitos no Paraguai e barcos à espera de produtos contrabandeados para cruzar a fronteira entre os países.

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