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    Guardas-civis são suspeitos de ficar com drogas apreendidas na Grande SP

    DO "AGORA"

    22/11/2017 02h00

    Helio Torchi - 8.out.2012/Folhapress
    Carro da Guarda Civil de Cotia durante ocorrência em Caucaia do Alto (SP) em 2012
    Carro da Guarda Civil de Cotia durante ocorrência em Caucaia do Alto (Grande São Paulo) em 2012

    O Ministério Público investiga um suposto esquema de desvio de drogas apreendidas em ocorrências por parte de guardas municipais de Cotia (Grande SP). Uma conversa gravada de quase 15 minutos entre integrantes da corporação, divulgada no WhatsApp, trouxe à tona os possíveis crimes praticados.

    É relatado na conversa que foram desviadas cocaína e maconha de uma ocorrência registrada em 10 de agosto no 2º DP do município.

    O áudio também descreve o pagamento de propina de R$ 30 mil por um integrante da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) para escapar da prisão em flagrante por tráfico. O dinheiro teria sido repartido entre guardas e policiais civis.

    Segundo a Promotoria, a Corregedoria da Guarda Civil Municipal já afastou das funções o guarda José Aparecido Tenório da Silva, flagrado na conversa, e Ergil Aparecido Silveira. O guarda que denunciou o caso e fez a gravação dentro de uma viatura também foi afastado pela Corregedoria para a apuração.

    O promotor Ricardo Navarro pediu ainda a punição administrativa de Marco Antônio Horgos Vagalegre, citado no áudio, mas a Corregedoria analisa a solicitação.

    "É um caso muito grave. Estamos iniciando as investigações e vamos ouvir todos os envolvidos. Quem tiver de ser punido será, tanto da GCM quanto policiais", afirmou o promotor.

    OUTRO LADO

    A Prefeitura de Cotia, sob a gestão Rogério Franco (PSD), disse que foi instaurada sindicância administrativa pela Corregedoria da GCM para apurar as irregularidades apontadas na conversa, assim como seus autores e sua veracidade.

    Também afirmou que os agentes envolvidos foram afastados até a conclusão da investigação. A Secretaria de Estado da Segurança Pública, sob gestão Geraldo Alckmin (PSDB), informou que vai se reunir com o promotor nos próximos dias.

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