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    Álvaro Assmar Pereira (1958-2017)

    Mortes: Pai do blues baiano e indicado ao Grammy Latino

    KELLY MANTOVANI
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    24/12/2017 19h29

    Apesar de ter se formado engenheiro, o soteropolitano Álvaro Assmar provou desde cedo que tinha o DNA da música. Inspirando-se nos dotes da mãe ao piano, aprendeu a tocar violão aos 6 anos.

    Viveu boa parte da infância na casa dos avós, onde passou a acompanhar pela televisão a banda britânica Beatles –uma de suas maiores inspirações.

    Nos anos 80, deu início à trajetória profissional com o grupo de rock progressivo Cabo de Guerra. Também fundou o Blues Anônimo, tornando-se pioneiro do gênero na BA.

    Além de músico, se enveredou pelas ondas do rádio. Durante 30 anos, trabalhou e coordenou programas em diversas emissoras de Salvador.

    Seu trabalho também teve repercussão internacional, Seu último álbum, "The Old Road" (2014), teve quatro indicações ao Grammy Latino.

    Casou-se três vezes. Era um pai presente, que costumava levar os filhos para o palco. Mais que isso, nos anos 90, eles participaram da gravação de seu primeiro disco. Mesmo nos momentos de lazer, levantava a bandeira do blues onde quer que estivesse.

    Singular, Álvaro respirava música: colecionava CDs e era um ávido pesquisador de novidades e raridades musicais. Também era cinéfilo.

    "Era um pai sem igual. Perdi meu melhor amigo e meu ídolo", conta o filho caçula Eric, também músico.
    Nos últimos tempos, estava preparando o lançamento de mais um CD e agendando para 2018 shows comemorativos de seus 60 anos.

    Morreu no dia 18, aos 59, após um infarto. Deixa a mulher, Adalgisa, e os filhos Vítor e Eric.

    coluna.obituario@grupofolha.com.br

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