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    Vestibular da Fuvest mistura questões modernas e conservadoras

    da Folha de S.Paulo

    17/11/2009 11h10

    Nem careta nem moderninha. A prova deste domingo da Fuvest combina disciplinas com questões de perfil mais conservador, com perguntas claras e diretas --como em matemática, química e física--, com disciplinas que têm abordagens mais contextualizadas -como português, inglês e história.

    Essa oposição, diz Matheus Prado, presidente do cursinho Henfil, é o que vem se verificando nos últimos anos e não deve mudar agora. "A prova da Fuvest vai continuar com a cara da Fuvest", diz.

    O edital não especifica quantas questões são de cada matéria, mas, segundo os cursinhos consultados pela Folha, a proporção não muda muito de um ano para outro.

    Se tudo continuar igual, das 90 questões, 16 serão de português, cinco de inglês, nove interdisciplinares e dez de cada uma das seguintes matérias: matemática, história, geografia, física, química e biologia.

    Com isso, a disciplina que tem mais peso na prova da Fuvest é português, que inclui gramática e literatura. De acordo com o professor de português do Anglo Francisco Platão Savioli, a principal característica da prova é a análise de texto. Assim, a dica que ele dá para os alunos é ler o enunciado mais de uma vez. "Não se pode dar folga para o engano", alerta.

    Para literatura, diz Francisco Achcar, do Objetivo, é fundamental já ter lido os livros que constam da lista de obras obrigatórias, mas, nestes dias que antecedem a prova, uma lida num bom resumo pode ser providencial para os que já leram as obras há algum tempo. "Mas só o resumo não basta", alerta o professor.

    Maria Fernanda de Carvalho, 19, leu todos os livros e já traçou sua estratégia para a prova. A partir dos resultados dos simulados que fez durante o ano, resolveu que a técnica de fazer primeiro as questões mais fáceis de cada disciplina não funciona para ela.

    A tática de Maria Fernanda é assim: ela começa pelas questões de inglês, a disciplina que tem mais facilidade, "para garantir que não vá zerar a prova". Segue então para matemática, que considera o seu bicho-papão. Para relaxar e pegar mais ânimo, antes de seguir para física, faz as interdisciplinares --que costumam estar no início do exame.

    Depois segue com química, biologia e português, para fechar com chave de ouro a de história. "Em história eu vou bem mesmo cansada. Aí eu deixo por último", afirma.

    Ela prestará vestibular para direito pela segunda vez.

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