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    São Paulo triplica número de escolas com aula integral

    SABINE RIGHETTI
    DE SÃO PAULO

    04/01/2014 03h30

    A quantidade de escolas estaduais em período integral quase triplicou neste novo ano em São Paulo. Mas elas ainda representam menos de 4% do total da rede.

    O número de escolas com aulas o dia inteiro –das 7 horas às 16 horas– passou de 69 no ano passado para 181 em todo o Estado.

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    Para se ter uma ideia do que isso significa, a rede pública estadual tem ao todo mais de 5.000 escolas com quase um milhão de alunos.

    De acordo com o secretário de Educação, Herman Voorwald, expandir o ensino integral é algo caro e lento.

    A ideia, então, é ter um número significativo de escolas públicas "de excelência" em período integral para quem quiser passar o dia na escola.

    "Essa opção já existia na rede privada. Agora, existe na pública", diz o secretário.

    SALÁRIOS MELHORES

    Editoria de Arte/Folhapress

    Além de ter mais aulas, as escolas em período integral tem docentes especialmente selecionados que trabalham com dedicação exclusiva e que ganham 75% mais do que nas demais escolas da rede.

    Eles se dividem em nove horas e meia de aula por dia (no caso do ensino médio) em disciplinas tradicionais da grade e em cursos extras como moda, empreendedorismo e orientação de estudo –que ensina o aluno a estudar.

    A Folha visitou uma dessas escolas, a Alexandre von Humboldt, na Vila Anastácio, região da Lapa, zona oeste de São Paulo, e encontrou instalações de escola particular.

    Mas lá a quantidade de aulas ainda não reflete positivamente em avaliações como a do Enem.

    A nota média da escola é 491,3 –abaixo de 500, o rendimento é considerado baixo. A provação de verdade será neste ano, quando a escola completará uma turma inteira do ensino médio em período integral.

    "Todos aqui têm ambições profissionais", conta Christian Lima, 16, que estuda na Alexandre von Humboldt e quer cursar moda.

    Neste ano, cerca de 50 mil estudantes terão aula o dia inteiro na rede estadual.

    Por enquanto, a demanda está menor do que a oferta. "Ainda há resistência de pais e de alunos ao ensino integral", diz o secretário.

    O programa estadual começou em 2012 com ensino médio. No ano passado incluiu o fundamental 2 (dos 11 aos 14 anos). Neste ano, o fundamental 1 (dos seis aos dez anos) também ganhou aulas o dia todo.

    A ideia da pasta de Educação é chegar a mil escolas em período integral até 2018.

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