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    História dificultou 2ª prova da segunda fase da Unicamp, dizem professores

    RICARDO BUNDUKY
    DE SÃO PAULO

    13/01/2014 20h22

    Cursinhos pré-vestibulares ouvidos pela Folha consideraram a segunda prova da segunda fase da Unicamp, aplicada nesta segunda-feira (13), marcada por discrepância no nível de exigência das disciplinas abordadas. A primeira parte da prova, com questões de história, tornou-a pesada.

    Composto por 24 questões, o exame teve quatro horas de duração e abordou ciências humanas, inglês e artes. Hoje, 13.782 candidatos fizeram a prova. Na terça-feira, será ministrada a terceira e última etapa, abordando ciências da natureza.

    Veja a correção do Oficina do Estudante
    Veja a correção do Objetivo
    Veja a correção do Etapa
    Veja a correção do Anglo

    As questões de história tiveram maior nível de dificuldade por conta da especificidade dos assuntos, segundo os professores. "Foi uma prova com cobrança excessiva de informações e muito pouco contextualizada", afirmou Célio Tasinafo, diretor pedagógico do curso pré-vestibular Oficina do Estudante, de Campinas.

    "Os textos foram muito curtos, apenas introdutórios das questões, ou trataram de temas laterais na história, como a alimentação no século 19, a educação característica feminina no Estado Novo –não são temas essenciais no processo histórico", afirmou.

    DISCREPÂNCIA

    No outro extremo, questões de geografia e inglês foram consideradas simples e objetivas pelos professores. "Muitas questões com 'escreva' ou 'indique', sem pedir a justificativa, somente para indicar mesmo –'quais são as massas de ar mais atuantes no litoral de São Paulo?, 'quais são os principais produtos que o Brasil exporta para a China?', exemplificou Edmilson Motta, coordenador-geral do curso Etapa. "São aqueles temas que o professor bota na lousa na hora revisão".

    "Inglês foi uma prova bem simples –vocabulário bem simples, textos curtos, textos leves... Uma prova pro estudante ter uma nota bem alta", continuou Motta. "Agora tudo isso pode ter sido prejudicado se o candidato travou na prova de história. Quem deu a sorte de começar a prova pelo meio talvez tenha sido privilegiado", concluiu.

    Filosofia, sociologia e artes, que costumam fazer parte do conteúdo, não apareceram. O que faltou também, segundo os professores, foi a interdisciplinaridade. "A prova teve o preto e branco, não teve o cinza", brincou Motta, do Etapa.

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