O Grupo Galileo Educacional, responsável por administrar a Universidade Gama Filho e o UniverCidade (Centro Universitário da Cidade), ambas instituições de ensino superior do Rio de Janeiro, disse repudiar a decisão do Ministério da Educação de descredenciar os dois estabelecimentos. O Ministério comunicou a decisão no fim da tarde desta segunda-feira (13).

Por meio de nota, o Grupo Galileo afirma que o descredenciamento foi "uma decisão injusta e arbitrária, que leva o caos a duas das mais tradicionais e respeitadas instituições de ensino superior do Rio de Janeiro".

Universidade Gama Filho é descredenciada pelo Ministério da Educação

A mantenedora afirma que já havia apresentado um projeto de reestruturação junto ao MEC, contemplando a retomada das atividades acadêmicas e regularização dos salários de professores e funcionários. "A decisão do Ministério viola, entre outros princípios constitucionais, o principio da isonomia, uma vez que outras instituições de ensino superior passam por situação similar de dificuldade financeira e não foram descredenciadas", afirma o Grupo Galileo na nota em que assinala ainda a disposição de recorrer da decisão junto ao próprio ministério, "além de acionar as instâncias judiciais cabíveis".

Segundo o Grupo Galileo, "o patrimônio imobiliário do grupo é superior aos passivos financeiro, fiscal e trabalhista das duas instituições" e o descredenciamento põe em risco o emprego de 1,6 mil professores e cerca de mil funcionários administrativos".

ACORDOS COM O MEC

De acordo com o MEC, o atraso no pagamento de professores e servidores afetou o cronograma de aulas. Segundo os estudantes, no ano passado houve apenas seis meses de aula, diante das sucessivas greves de docentes e funcionários.

O MEC afirma ainda que a mantenedora não apresentou um plano para contornar as dificuldades: foi assinado um termo de compromisso com a pasta, mas as medidas não foram adotadas. "Eles não cumpriram alguns acordos fundamentais", disse o ministro Aloizio Mercadante.