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    USP Leste diz que só volta ao seu campus se problemas estiverem sanados

    FÁBIO TAKAHASHI
    DE SÃO PAULO

    10/02/2014 12h00

    O principal órgão da USP Leste aprovou manifestação que afirma que as atividades na unidade só devem retornar ao local se todos os problemas ambientais estiverem sanados ou com soluções bem encaminhadas.

    Assim, se os membros da escola não sentirem segurança em voltar à unidade, as atividades podem seguir suspensas no campus, mesmo que haja a liberação judicial.

    A unidade está interditada desde janeiro devido a decisão judicial, que considerou problemas como a contaminação do solo e a presença de gás metano no local, que causa risco de explosão.

    A escola possui mais de 4.000 pessoas, entre alunos, professores e funcionários.

    O ano letivo começa no próximo 17 e ainda não há definição se a escola (chamada oficialmente de EACH) estará liberada.

    Os problemas foram identificados pela Cetesb, responsável por avaliar a situação ambiental da unidade. Com base no relatório, o Ministério Público pediu a interdição, e a Justiça, atendeu.

    "O minimamente seguro para estar nas dependências da EACH é o atendimento integral aos condicionantes da Licença Ambiental de Operação", afirmou a Congregação da USP Leste, na última quarta-feira, em referência às exigências da Cetesb.

    A congregação é o órgão máximo da unidade, que reúne seus diretores e representantes de professores, alunos e funcionários.

    Segundo a diretora da escola, Maria Cristina Motta de Toledo, tem havido intervenções que melhoraram a situação da unidade.

    Mas um dos problemas, a presença de terra contaminada no campus, ainda não foi totalmente equacionado, afirma a diretora.

    Esse item pode prejudicar a liberação da unidade.

    A USP quer que a Justiça reexamine o caso, após terem sido feitas intervenções, como instalação de postos de medição do gás metano e o processo de compra de sistema de exaustão do metano. Mas o local ainda não foi liberado.

    Segundo a Folha apurou, integrantes da unidade já discutem o "plano B", caso o campus não seja liberado. Uma das alternativas é usar as Fatecs (faculdades tecnológicas do Estado) do entorno, que não estejam com toda a capacidade utilizada.

    A alternativa poderia comportar as atividades de aula, mas não as de pesquisa.

    Conforme a Folha revelou em outubro de 2011, parte da USP Leste foi aterrada com material de procedência desconhecida (480 caminhões). Posteriormente, constatou-se que a terra estava contaminada.

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