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    Escolas de São Paulo apostam em grafite de alunos contra pichações

    FABRÍCIO LOBEL
    DE SÃO PAULO

    12/02/2014 12h09

    A Secretaria Estadual de Educação de São Paulo tem buscado incentivar o uso de grafites de alunos nas paredes dos colégios para combater as pichações em seus muros e fachadas.

    Os grafites, que já faziam parte dos livros didáticos, passam a ser ensinados pelos professores das escolas.

    "Tudo começa com discussões sobre o que é pichação e o que é grafite. Então, nós propomos a pintura de um mural. E, por último, começa o desenvolvimento de um grafite feito por cada uma das salas", diz a professora de Artes Plásticas, Lais Voss, 54.

    "O problema é convencer aos alunos de outras séries que, ao menos nessa escola, o projeto é voltado apenas para alunos do 3º ensino médio", brinca ela.

    Voss é professora de uma das escolas que recentemente adotou a metodologia, a Godofredo Furtado, no bairro de Pinheiros.

    Leonardo Soares - 30.jan.2014/Folhapress
    GRAFITE ESCOLA-SAO PAULO, SP, BRASIL, 30/01/2014 - Luiza Araujo, 18 (esquerda), Rafael Lopes, 17 e Adriana Lima, da escola Godofredo Furtado. Escolas publicas investem no grafite feito por alunos para combater pichacoes em seus muros. (FOTO: Leonardo Soares/Folhapress,- FSP-COTIDIANO) ***EXCLUSIVO FOLHA****
    Luiza Araujo, 18, Rafael Lopes, 17 e Adriana Lima, da escola Godofredo Furtado

    Por lá, os alunos do terceiro ensino médio passaram a ser responsáveis pela produção de um mural por ano dentro da escola.

    "Os alunos e professores perceberam que, desde o meio do ano passado quando se começou a discutir o projeto, a escola é outra sobre o ponto de vista da conservação e da relação entre os alunos e a escola", diz o diretor do colégio Antônio Severino.

    Para o diretor, prova do sucesso da medida foi ver alunos se dedicarem ao grafite quando eventualmente tinham alguma aula vaga.

    "A gente começa a se sentir parte do colégio e passa a cuidar mais dele", diz Adriana Lima, 17, responsável por um dos murais do colégio.

    "Até mesmo quando chovia, a gente ficava preocupado se o desenho tinha estragado", completa Luiza Araújo.

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