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    Webnovela brasileira disputa final mundial de educação

    FÁBIO TAKAHASHI
    ENVIADO ESPECIAL A BARCELONA

    13/03/2014 12h05

    Alunos que escrevem roteiro, atuam e filmam novela fazem parte de projeto brasileiro que concorre a um prêmio internacional de educação nesta semana.

    A iniciativa é do professor Cleiton Alberto Backes, 29, da escola municipal Santos Dumont, de Campo Bom (RS). Envolve as aulas de português, de artes (são os estudantes que fazem cenários e figurinos), de ética (com a discussão sobre direitos autorais) e de outras matérias.

    Os alunos participantes têm entre 10 e 14 anos. O projeto disputa competição organizada pela Microsoft, cujo objetivo é selecionar ideias educacionais inovadoras. Nesta etapa final, são 250 participantes, selecionados entre 19 mil inscritos.

    A novela "Talvez um dia", publicada na internet, começa com o personagem Felipe procurando "uma paixão". E encontra-a, mas há uma reviravolta no fim.

    "Procurávamos algo que ajudasse a prender a atenção dos alunos. Escolhemos fazer a novela, a gravar com celulares", disse o professor Claiton, que leciona matemática e usa os custos da produção como um dos motes de suas aulas. "Pudemos dar uma contextualização ao que ensinamos. Os alunos se interessam mais."

    Segundo a organização da competição, os projetos classificados para a final foram os que melhor souberam usar a tecnologia como auxílio ao ensino. E que podem inspirar outros educadores.

    O Brasil tem mais quatro projetos selecionados, todos de colégios municipais. A professora Naíra Oliveira, do colégio Flamínio Rangel (São Bernardo do Campo, SP), concorre com um programa de rádio. Nele, seus alunos de nove e dez anos são responsáveis por todas as etapas da produção (pauta, gravações e edição).

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    No programa, os estudantes informaram, por exemplo, sobre como será o passeio ao Corpo de Bombeiros. E transmitiram o pedido da Sumara, da equipe da limpeza, para que os estudantes não deixem as salas tão sujas.

    Outro projeto é da professora Vanessa Cristina Muller, também da escola Santos Dumont, de Campo Bom, em que os alunos têm como objetivo atenuar os problemas com enchentes na região. Monitoram o nível das chuvas e mandam SMS aos moradores quando a situação fica preocupante.

    Ainda de Campo Bom há a iniciativa da professora Margarida Telles, da escola 25 de Março, que também busca atenuar dificuldades ambientais da cidade. Os estudantes, dos 3 aos 14 anos, repõem a vegetação, por exemplo.

    Já no projeto da docente Gislaine Munhoz, do colégio Rivadavia Marques Jr. (São Paulo), os próprios alunos desenvolvem games para auxiliar colegas com dificuldades de alfabetização.
    Os vencedores da competição serão conhecidos na sexta-feira.

    *O repórter Fábio Takahashi viajou a convite da Microsoft.

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