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    Greve dos professores no Paraná avança para o terceiro dia

    ESTELITA HASS CARAZZAI
    DE CURITIBA

    24/04/2014 21h38

    Sem acordo, a greve de professores e funcionários da educação no Paraná, que mobiliza cerca de 100 mil servidores, avança para seu terceiro dia.

    Cerca de 75% das 2.149 escolas estaduais foram afetadas neste segundo dia de greve -15% estão paralisadas totalmente, segundo balanço da Secretaria de Educação do Paraná. Há 1,3 milhão de alunos na rede de ensino.

    Governo Beto Richa (PSDB) e sindicato voltaram a se reunir na tarde desta quinta-feira (24), num debate que durou cerca de quatro horas, mas ainda não houve consenso. A categoria pede aumentos salariais e implantação de hora-atividade, mas o Estado aponta limites orçamentários.

    Hoje, o governo propôs a concessão da hora-atividade em 33,3% da jornada de trabalho, conforme reivindicava o sindicato, o que representa um impacto de R$ 17 milhões por mês. O Estado também propôs aumento no auxílio transporte e piso salarial igual ao mínimo regional para funcionários. Ainda há divergências, porém, em outras demandas, como o índice de reajuste salarial para professores.

    O sindicato ficou de levar a proposta aos grevistas no sábado (26).

    QUEIXAS

    Esta é a primeira greve de professores no Estado em 14 anos. Os docentes reclamam de "descaso" e "insensibilidade" do governo. Dizem que falta estrutura nas escolas, o número de funcionários diminuiu e o pagamento de promoções está atrasado.

    O governo Richa, por sua vez, enfrenta dificuldades financeiras desde o ano passado. Diz que tem feito "todo o esforço" para cumprir com o que prometeu, e que já aumentou o piso da categoria em 50%, mas que as reivindicações precisam ser analisadas sob o ponto de vista do orçamento.

    A gestão admite atrasos no pagamento de promoções aos professores, e promete quitá-los até o fim do ano. Segundo o sindicato, são R$ 100 milhões em atraso.

    Um acampamento foi montado em frente ao Palácio Iguaçu, sede do governo estadual, onde pernoitaram cerca de 150 pessoas nesta quinta-feira. O APP Sindicato (Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Paraná) diz que a estrutura deve permanecer enquanto durar a greve.

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