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    Corrida pela saúde impulsiona demanda por educador físico

    ADRIANA FARIAS
    DE SÃO PAULO

    11/05/2014 03h00

    A mãe da estudante boliviana Marcela Mendoza, 20, torcia para que a filha fosse advogada. O pai foi mais insistente na engenharia civil, e foi isso que ela decidiu fazer. Por alguns meses.

    Fã de esportes, ela largou a faculdade e veio para o Brasil tentar uma vaga no curso de educação física numa universidade pública.

    "Quero usar a superação por meio do esporte e da atividade física para trabalhar com pessoas com doenças crônicas. Nada melhor do que fazer isso no país dos grandes atletas", diz ela, que está há pouco mais de um ano em São Paulo e faz cursinho.

    Karime Xavier/Folhapress
    Marcela Mendoza, 20, em quadra de cursinho em São Paulo. Fã de esportes, ela quer concorrer a uma vaga em educação física
    A estudante Marcela Mendoza, 20, em quadra de cursinho no centro de São Paulo. Fã de esportes, ela quer concorrer a uma vaga em educação física em uma universidade pública

    A busca por mais qualidade de vida e a necessidade de combater males como o sedentarismo -uma das causas de doenças como pressão alta e diabetes- é um dos principais campos do profissional da educação física.

    De acordo com o Confef (Conselho Federal de Educação Física), essa preocupação com a saúde e o bem-estar ajuda a explicar o aumento de 24% do número de formados na área nos últimos três anos no país, com total de profissionais registrados alcançando 324.403.

    É o que também abre espaço para que a área encontre novos rumos. Segundo Rodrigo Reis, coordenador do curso na PUC-PR, o impacto dos centros urbanos na forma como as pessoas vivem é o novo desafio para o profissional, que será cobrado a pensar políticas públicas.

    "Os tipos de rua, a criminalidade e o trânsito estão inibindo a prática da atividade física no dia a dia, o que faz aumentar o papel do profissional da educação física nesse processo", diz Reis.

    Ele é um dos brasileiros por trás de um estudo sobre o tema que faz parte da pesquisa internacional Ipen (Physical Activity and Environment Network), da qual participam mais de 15 países.

    Karime Xavier/Folhapress
    Recém-formado em educação física, Vinicius Marques, 22, dá aulas de condicionamento físico em parque de Pirituba em São Paulo
    Recém-formado em educação física, Vinicius Marques, 22, dá aulas de condicionamento físico em parque de Pirituba, zona norte de São Paulo

    De olho nos espaços públicos da capital paulista para desenvolver seu trabalho, Vinicius Marques, 22, encontrou em Pirituba (zona norte) o parque Pinheirinho D'Água, onde dá aulas como personal trainer.

    Também divide o dia como instrutor de musculação em uma academia da zona sul.

    "O leque de opções é grande. Não é preciso ficar restrito a escolas ou academias", afirma Marques que, recém-formado, já atuou em clubes, comunidades carentes e também na Secretaria Municipal de Esportes.

    Ainda pretende trabalhar com atletas e, para isso, busca uma pós-graduação.

    MARATONA

    Além de gostar de atividade física, quem tiver interesse pelo curso deve se preparar para estudar muito.

    O currículo básico inclui disciplinas como fisiologia, anatomia e biomecânica.

    Outra característica importante é ter facilidade para se relacionar. "Tem que estar à vontade para fazer com que a outra pessoa se sinta bem", diz Jorge Steinhilber, presidente do Confef.

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