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    Após audiência pública, greve das universidades estaduais continua

    DE SÃO PAULO

    27/05/2014 17h50

    Cerca de 400 pessoas, entre professores, alunos e funcionários da USP (Universidade de São Paulo), Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e Unesp (Universidade Estadual Paulista) participaram de uma audiência pública na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) para discutir a situação das universidades públicas paulistas.

    Os docentes e servidores das três universidades estão em greve desde a meia-noite desta terça-feira (27) e, mesmo após o debate, decidiram manter a paralisação por tempo indeterminado.

    De acordo com o Fórum das Seis, entidade que engloba os sindicatos e representações estudantis das três universidades, uma nova assembleia deve ser convocada para esta quarta-feira (28) para decidir o futuro da greve.

    A audiência pública convocada pelo deputado João Paulo Rillo (PT) teve início às 14h. A principal reivindicação das categorias é a retomada das negociações salariais nas universidades e a retirada da decisão do Cruesp (Conselho dos Reitores das Universidades Paulistas) que congelou os salários dos servidores das universidades estaduais devido à crise financeira nas universidades.

    Os representantes da categoria reclamam que a pauta de reivindicações salariais entregue por eles não foi analisada pelo conselho.

    ADESÃO

    O sindicato não forneceu o número de servidores e docentes que aderiram à paralisação. Segundo eles, a adesão é forte, mas a entidade "não trabalha com balanço de adesões".

    Até o momento, a greve nas três universidades estaduais de São Paulo ocorre de forma parcial, mas já afetando aulas e atividades acadêmicas.

    Na Unicamp, a adesão dos docentes no primeiro dia de greve ainda é baixa, segundo os alunos ouvidos pela reportagem, mas já há suspensão de aulas em alguns cursos –principalmente nos departamentos de ciências humanas, como o IFCH (ciências sociais), IEL (letras), FE (educação) e IA (artes). Segundo a Adunicamp (associação dos professores), no entanto, a adesão já é de 60%.

    Para o STU (sindicato dos trabalhadores), a adesão à greve também é de 60% da categoria, com exceção da área da saúde –que concentra quase metade dos servidores (cerca de 3.400 dos 7.800 funcionários da universidade) e deve aderir à paralisação a partir de quarta-feira (28).

    A assessoria de imprensa da Unicamp informou que as atividades funcionam normalmente em 85% das 22 unidades de ensino e pesquisa da universidade. Nos outros 15%, houve adesão predominantemente de servidores técnico-administrativos. Na área da saúde, os atendimentos "seguem dentro da normalidade".

    Na Unesp (Universidade Estadual Paulista), a adesão dos servidores técnico-administrativos é de 80%, segundo o Sintunesp (sindicato da categoria). Alberto de Souza, coordenador político do sindicato, diz que 14 dos 24 campi da universidade foram afetados pela paralisação dos funcionários.

    Nos campi da USP em Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) e São Carlos (232 km de São Paulo), a adesão à greve é da maior parte dos funcionários, cerca de 70%. Juntos, os dois campi têm 3.000 servidores, sem contar os professores, segundo a direção dos sindicatos locais da categoria.

    Na Unesp em Jaboticabal (342 km de São Paulo), 25% dos 580 funcionários estão parados. Como a adesão ainda é baixa, de acordo com o sindicato, os serviços estão mantidos, exceto a limpeza do campus.

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