• Educação

    Sunday, 28-Apr-2024 18:05:08 -03
    [an error occurred while processing this directive]

    Funcionários e alunos da USP fazem protesto e fecham entrada do campus

    DE SÃO PAULO

    11/06/2014 08h28

    Cerca de 200 pessoas fazem uma manifestação na manhã desta quarta-feira (11) no portão 1 da USP (Universidade de São Paulo), no Butantã, na zona oeste de São Paulo. O protesto é organizado pelos funcionários da USP em greve e estudantes.

    A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) recomenda aos motoristas que evitem circular nas imediações do cruzamento da avenida Afrânio Peixoto com a rua Alvarenga. Os motoristas também devem evitar utilizar a ponte Cidade Universitária, que também estava travada por volta das 11h20. A Folha não encontrou nenhum representante de professores entre os manifestantes. Inicialmente, a USP informou que o protesto era organizado pelos docentes.

    Além de pedir reabertura de negociação com a universidade, os manifestantes também criticam as demissões ocorridas no Metrô após a greve de cinco dias. O manifestante Marcelo Cardagi, integrante do Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP), diz que a categoria quer transparência nas contas da universidade.

    Funcionários da USP e os professores estão em greve desde 27 de maio, assim como os docentes da Unicamp e da Unesp.

    Professores e funcionários reivindicam 9,78% de reajuste -inflação (6,78%) mais recomposição de perdas.

    Tradicionalmente, a reposição salarial ocorre em maio. Em 2013, foi de 5,39%.

    Neste ano, as instituições congelaram as negociações até setembro, pois alegam dificuldades financeirasas. Segundo elas, o gasto com a folha de pagamento está acima do aceitável -na USP, chega a 105%, o que a obriga a usar reservas.

    Esta é a primeira vez em dez anos que os professores da USP param por salário. Em 2004, a reitoria não concedeu reajuste aos docentes, que ficaram 65 dias paralisados.

    Houve outras duas paralisações: em 2007, contra decreto que, alegavam, tirava autonomia das universidades; e, em 2009, contra a presença da PM no campus.

    Segundo a assessoria de imprensa da USP, o Cruesp (o conselho de reitores das instituições) aceitou abrir negociação com os servidores desde que eles encerrem os piquetes que impedem as entradas de funcionários e alunos nos campus.

    Segundo a USP, em São Paulo há bloqueios no prédio da administração central, do restaurante e da prefeitura do campus.

    O Fórum das Seis (entidade que congrega os sindicatos das universidades) disse na semana passada que não pode garantir o fim das ocupações e que a expectativa é que os grupos possam "dialogar e negociar".

    Luiz Carlos Murauskas/Folhapress
    Funcionários da USP em greve fazem protesto e pedem readmissão de funcionários do metrô
    Funcionários da USP em greve fazem protesto e pedem readmissão de funcionários do metrô
    [an error occurred while processing this directive]

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024