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    Cruesp diz que protestos impedem negociação com grevistas em universidades

    DE SÃO PAULO

    12/06/2014 22h28

    O Cruesp (Conselho dos Reitores das Universidades Paulistas) cancelou uma reunião agendada para esta sexta (13), às 9h, com o Fórum das Seis, entidade que congrega os sindicatos da USP, Unesp e Unicamp. De acordo com o conselho, o encontro foi desmarcado porque os grevistas insistem em fazer piquetes.

    No dia 6 de junho, o Cruesp havia proposto, pela primeira vez, abrir as negociações com professores e funcionários em greve, desde que não houvesse mais invasões e protestos. O encontro foi condicionado ao fim de "obstruções e invasões em qualquer dependência das três universidades que impeçam o acesso de servidores e dos alunos às suas atividades normais".

    Na quarta (11), no entanto, cerca de 200 pessoas fizeram uma manifestação pela manhã no portão do campus da USP no Butantã, zona oeste de São Paulo. Durante o protesto, a entrada ao campus foi fechada.

    De acordo com Francisco Miraglia, da coordenação do Fórum das Seis, a entidade já havia esclarecido formalmente ao Cruesp que não tem poder sobre as deliberações de cada um dos sindicatos. "Esses protestos são escolhas de cada sindicato. O Fórum congrega as reivindicações comuns, como o reajuste salarial", diz.

    Miraglia afirma ainda que não é possível fazer greve sem manifestações. "Esse condicionamento das negociações ao fim dos protestos não faz sentido", afirma.

    Em ofício enviado à direção do Fórum na quarta (12), o Cruesp já havia reforçado que a reunião estava "condicionada à livre utilização de todas as estruturas físicas das três universidades".

    De acordo com Miraglia, o Cruesp desmarcou a reunião em um telefonema da diretoria para a assessoria de imprensa do Fórum. Devido ao impasse, não existe ainda uma nova data para a abertura das negociações.

    GREVE

    Professores e funcionários das três universidades reivindicam 9,78% de reajuste –reposição da inflação mais recomposição salarial. Tradicionalmente, a reposição ocorre em maio. Em 2013, foi de 5,39%.

    Neste ano, as instituições congelaram as negociações até setembro, pois passam por crise financeira. Segundo elas, o gasto com folha de pagamento está acima do aceitável –na USP, chega a 105%, o que a obriga a usar reservas.

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