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    Após seis meses, campus da USP Leste é liberado pela Justiça

    FÁBIO TAKAHASHI
    DE SÃO PAULO

    22/07/2014 15h49

    A Justiça de São Paulo liberou nesta terça-feira (22) as atividades no campus da USP Leste, interditado deste janeiro devido à contaminação do solo.

    A decisão judicial ocorreu depois de um relatório da Cetesb, revelado pela Folha, apontar que novas análises na unidade mostraram que o risco à população é apenas potencial. Também foi apontado que estão sendo instalados sistema de extração do gás metano, um dos problemas da unidade (a presença da substância causa risco de explosão).

    A unidade foi interditada judicialmente com base em relatórios da própria Cetesb.

    A decisão judicial desta terça aponta que os alunos podem retornar para o local no início do próximo período letivo, que está previsto para 04 de agosto. A USP, porém, ainda não confirmou se a data de volta às aulas será mantida na unidade.

    Robson Ventura - 22.mai.2013/Folhapress
    Cetesb recomenda liberação do campus da USP Leste após contaminação
    Cetesb recomenda liberação do campus da USP Leste após contaminação

    A Cetesb, porém, diz que ainda são necessárias medidas complementares, como maior investigação sobre a situação do solo. Neste ano, os cerca de 5.000 alunos da unidade tiveram aulas em locais provisórios, nas zonas leste e oeste.

    A unidade foi interditada judicialmente com base em relatórios da própria Cetesb, que apontaram risco de explosão devido à presença do gás metano no solo e de terra contaminada, proveniente da drenagem do rio Tietê.

    O órgão de controle ambiental do Estado afirmou que a universidade tomou medidas que possibilitam a reabertura do campus. Entre as ações citadas estão a instalação de dutos de extração do gás (em fase final) e a colocação de grama na terra contaminada e de tapumes que isolam parte da área do campus.

    No início de 2014, quando analisou só a situação do gás e não havia o sistema de extração do metano, a Cetesb recomendou a desinterdição. Mas a Justiça decidiu exigir mais melhorias. A avaliação atual é mais abrangente.

    A liberação da unidade divide docentes e alunos. Uma parte entende ser possível o retorno. Outros dizem que a desinterdição pode fazer com que deixem de ser tomadas medidas que solucionem de vez os problemas, como retirada da terra contaminada.

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