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    Protesto na Unicamp causa congestionamento de 3 km em rodovia

    LUCAS SAMPAIO
    DE CAMPINAS

    04/08/2014 13h46

    Protesto dos servidores técnico-administrativos da Unicamp causou na manhã desta segunda-feira (4) pelo menos 3 km de congestionamento na rodovia D. Pedro 1º, que liga Campinas (a 93 km de SP) ao Vale do Paraíba.

    Os trabalhadores da universidade estão há mais de dois meses em greve devido à proposta do Cruesp (Conselho de Reitores das Universidades Estaduais de São Paulo) de não conceder reajuste salarial neste ano a servidores e professores de USP, Unesp e Unicamp.

    Na sexta, professores aceitaram proposta da reitoria de abono de 21% sobre o salário de julho e suspenderam a greve até a próxima reunião do Cruesp, marcada para 3 de setembro.

    No ato desta segunda, realizado no horário de pico do trânsito matinal, os servidores fecharam quatro das seis portarias de acesso à universidade, que fica no distrito de Barão Geraldo, a cerca de 10 km do centro de Campinas. O bloqueio ocorreu das 8h às 10h30.

    Campinas é uma cidade cortada pelas principais rodovias do Estado –Anhanguera, Bandeirantes e D. Pedro 1º, entre outras–, e motoristas de toda a região as utilizam em seus deslocamentos diários.

    A D. Pedro 1º divide a região central da cidade de Barão Geraldo. Como o principal acesso ao distrito está fechado para a construção de um novo trevo, o fechamento das portarias teve reflexo ainda maior e causou congestionamento nas pistas marginais da rodovia sentido Anhanguera.

    O pico de congestionamento foi às 9h30, com cerca de 3 km, segundo a Rota das Bandeiras (concessionária que administra a rodovia). O trânsito foi normalizado às 10h30, diz a concessionária, mesmo horário em que os acessos à Unicamp foram desbloqueados.

    MEDIDAS JURÍDICAS

    Em nota, a universidade informou que "a reitoria vai tomar as medidas jurídicas cabíveis", sem especificar quais. Apesar do comunicado, a reitoria marcou uma reunião com os trabalhadores para as 16h desta segunda.

    É o quarto "trancaço" que o STU (Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp) organiza desde o início da greve, no fim de maio.

    Segundo o sindicato, o ato de hoje estava marcado por ser o início do segundo semestre letivo –que foi adiado para 1º de setembro pela reitoria, na semana passada, devido à greve.

    Além da reivindicação de reajuste salarial que é negociado em conjunto com USP e Unesp (trabalhadores pedem aumento de 10%), os trabalhadores da Unicamp têm pautas específicas de negociação com a reitoria, como o piso de 30 horas semanais para a área da saúde e a isonomia em relação aos salário pagos pela USP.

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