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    Funcionários grevistas fecham portões de campus da USP

    DE SÃO PAULO

    20/08/2014 05h14

    Funcionários grevistas da USP fecharam na madrugada esta quarta-feira os portões do campus Butantã da universidade, na zona oeste de São Paulo, em protesto por reajuste salarial.

    Segundo a Guarda Universitária, policiais militares liberaram os portões 2 e 3 da universidade às 5h40. Lideranças da greve chegaram a anunciar em alto-falante que houve um confronto entre policiais militares e grevistas. A Polícia Militar e a Guarda Universitária não confirmam a informação.

    Os grevistas fecharam os portões das oito entradas para pedestres e os três portões do campus, por volta das 4h30. Eles disseram que os portões da universidade ficariam fechados até às 20h30.

    O portão que dá acesso ao HU (Hospital Universitário) ficou aberto apenas para entrada e saída de ambulâncias.

    Uma manifestação desse tipo já foi realizada no último dia 7, quando os carros e pedestres foram impedidos de entrar na unidade das 5h até por volta das 11h. Funcionários alunos ou funcionários que precisavam entrar no campus tiveram que pular os portões. As aulas também foram prejudicadas.

    PROTESTO

    O protesto acontece por conta da proposta da reitoria de não conceder reajuste salarial à categoria, o que motivou a greve iniciada no final de maio. Há duas semanas, os funcionários intensificaram as ações de protesto por conta do corte de salário. A reitoria tem sofrido piquetes desde então.

    O sindicato da categoria divulgou em seu boletim e em seu site um chamado para que todos os funcionários que puderem optem por dormir no Sintusp e no acampamento da reitoria antes do "trancaço" previsto para esta quarta.

    O reitor da USP, Marco Antonio Zago, afirmou na semana passada que uma das principais causas da atual crise financeira da escola foi um "erro de gestão" que "inflou" a quantidade de funcionários não docentes em vez de priorizar os que dão as aulas.

    Desde 2013, os gastos com folha de pagamento superam a totalidade do orçamento da universidade, que deve receber R$ 5 bilhões do Estado em 2014. Assim, a instituição tem sido obrigada a usar reservas.

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