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    Protesto contra medidas anticrise da USP reúne 600 pessoas em campus

    DE SÃO PAULO

    26/08/2014 15h23

    Um protesto de funcionários e alunos da USP reúne cerca de 600 pessoas, segundo a Polícia Militar, em frente ao prédio do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) na Cidade Universitária, na zona oeste de São Paulo.

    A manifestação acontece em frente ao local onde se reúnem desde às 14h membros do Conselho Universitário. Carro de som do Sintusp (sindicato dos funcionários) e a bateria de alunos de medicina comandam hinos de protesto como "boa tarde, reitor Zago, como vai? aqui não tem arrego. Vou tirar o seu sossego".

    Na pauta do encontro está o plano de demissão voluntária apresentado pelo reitor, Marco Antonio Zago, como forma de solucionar a crise financeira que vive a USP. Os trabalhadores e alunos também são contrários a transferência do Hospital Universitário e do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais (Centrinho), em Bauru, para o governo do Estado.

    Líderes sindicais dizem que, caso o "pacote de Zago", como estão sendo chamadas as propostas, for aprovado, invadirão o instituto.

    "Os companheiros acham que o conselho vai votar todo o pacote ainda hoje. Faço um apelo para todos permanecer aqui. Se isso acontecer, a nossa proposta é dar uma chegadinha lá dentro", disse Magno de Carvalho, diretor do Situsp no microfone.

    Há três meses servidores da USP declaram uma greve na instituição. A paralisação já é uma das mais longas da categoria. O Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP) pede um reajuste salarial de 9,78%, enquanto a universidade descartou qualquer negociação por conta da crise financeira.

    Tradicionalmente, o aumento ocorre em maio –em 2013, o índice foi de 5,39%, o que repôs a inflação no período.

    Para tentar por um fim ao impasse, a Justiça do Trabalho marcou para esta quarta-feira (27) uma nova audiência de conciliação entre a USP e o sindicato que representa os funcionários da universidade.

    A reunião será realizada no TRT da 2ª Região no centro de São Paulo e terá mediação do desembargador Davi Furtado Meireles e da juíza Patrícia Therezinha de Toledo. O encontro é aberto ao público.

    No último dia 20 uma reunião terminou sem acordo.

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