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    TRT propõe que USP pague abono de 28%, mas reunião termina sem acordo

    DE SÃO PAULO

    04/09/2014 11h47

    O TRT (Tribunal Regional do Trabalho) propôs que a USP pague um abono para os funcionários pela defasagem salarial dos últimos meses já que a data base da categoria é em maio.

    O abono seria de 28,6% referente ao salário de cada servidor e a quantia deverá ser paga dez dias após a assinatura de um eventual acordo pelo fim da greve.

    A proposta foi feita durante a audiência de conciliação realizada na manhã desta quinta-feira (4). Representantes da USP informaram que avaliarão a proposta até a próxima reunião com o Cruesp, conselho que reúne os reitores da USP, Unicamp e Unesp, na próxima terça-feira. A greve dos professores e funcionários da universidade já supera cem dias.

    Além do abono, o TRT determinou que o reajuste salarial seja de 5,2%, o que corrige a inflação de 12 meses, segundo o IPC/FIPE. A USP propõe que o pagamento seja dividido em duas parcelas. Um aumento de 2,57% vai incidir já sobre setembro, sendo pago em outubro, enquanto a segunda parcela de 2,57% vai incidir sobre dezembro, sendo pago em janeiro do próximo ano. Com isso, o décimo terceiro dos funcionários vai ter o reajuste total.

    Os grevistas pediam aumento de 9,78%, mas se mostraram dispostos a aceitar 7,34% de aumento. O índice de 7,34% havia sido indicado pelo Ministério Público do Trabalho e permitia que a categoria conseguisse ganho real.

    Uma assembleia dos funcionários decidirá na segunda-feira (8) se aceita o reajuste salarial de 5,2% e o abono para compensar a falta de aumento salarial desde maio.

    Com a proposta do abono, o TRT busca evitar que a USP adie o dissídio da categoria que ocorre em maio.

    O TRT determinou ainda que a USP pague aos grevistas o vale-alimentação e o auxílio transporte referentes ao mês de julho e agosto. A universidade argumentava que os servidores não teriam direito a esses benefícios, já que estariam em greve.

    Uma nova audiência no TRT foi marcada para a próxima quarta-feira (10).

    CRISE

    Além de atrasar a negociação do reajuste salarial de seus servidores, a USP aprovou nesta semana o PDV (Plano de Demissão Voluntária), para reduzir seu quadro de funcionários. Eles teriam vantagens como indenização de um salário a cada ano trabalhado.

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