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    USP pode levar abono salarial à aprovação do conselho universitário

    NATÁLIA CANCIAN
    THAIS BILENKY
    DE SÃO PAULO

    09/09/2014 17h27

    A USP estuda levar eventual concessão de abono salarial a grevistas ao Conselho Universitário.

    Em comunicado, a universidade disse a servidores que esperará a definição de parâmetros pelo Cruesp, órgão que reúne reitores da USP, Unesp e Unicamp, para encaminhar a medida internamente.

    O Cruesp discute nesta terça-feira (9) a proposta da Justiça de Trabalho de abono de 28,6% a servidores paralisados no período de maio a setembro.

    Os grevistas já aceitaram a proposta do Tribunal Regional do Trabalho, que também prevê reajuste salarial de 5,2%.

    Para Magno de Carvalho, um dos diretores do Sintusp, sindicato de trabalhadores da USP, a medida poderá retardar o encerramento da greve, já que não há data prevista para reunião do Conselho Universitário sobre o tema.

    O Sintusp condiciona ainda o fim da paralisação a um acordo de não reposição de horas não trabalhadas.

    No comunicado, a reitoria se diz "disposta a estudar a forma e o prazo de reposição dos dias parados, bem como a viabilidade jurídica do pagamentos dos valores descontados a título de vale-refeição à medida que a reposição de horas ocorrer".

    Isso porque grevistas também pedem o ressarcimento de benefícios suspendidos durante a paralisação.

    Segundo a reitoria, caberá também a um grupo de trabalho do Cruesp a discussão sobre benefícios.

    A USP "reafirma o respeito ao direito de greve" e garante a não punição criminal, administrativa ou acadêmica de "quem quer que seja".

    PROTESTO

    Segundo a Polícia Militar, 200 pessoas participam de protesto convocado por grevistas em frente ao edifício onde o Cruesp se reúne, na rua Itapeva, em São Paulo.

    A passeata saiu do vão-livre do Masp, na avenida Paulista.

    O grupo entoa palavras de ordem como "[governador de São Paulo, Geraldo] Alckmin, a culpa é sua. Cortaram meu salário e a greve continua" e "Fabio Hideki [servidor preso em manifestação em junho] mandou dizer que essa greve nós vamos vencer".

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