O Conselho Universitário da USP aprovou na tarde desta terça-feira (16) a concessão de abono de 28,6% para funcionários e professores, em greve desde 27 de maio. Ao todo, foram 64 votos a favor da proposta, 33 contrários e duas abstenções.

Os funcionários já afirmaram, após o término da reunião do conselho, que, apesar do abono, não vão voltar ao trabalho enquanto não for feito um acordo com a reitoria da universidade para que não sejam feitas reposição de horas não trabalhadas. A medida, que é considerada punitivas pelos grevistas, não estava na pauta do conselho.

Durante a reunião, cerca de 200 funcionários fizeram um protesto pela aprovação do abono.

O percentual de 28,6% aprovado é o mesmo proposto pelo TRT (Tribunal Regional do Trabalho) e já concedido a funcionários e professores da Unesp e Unicamp. As três universidades já tinham concordado com o reajuste salarial de 5,2%, também proposto pelo TRT.

Uma nova reunião de conciliação ainda está marcada para esta quarta-feira (17) no TRT para tentar encerrar a paralisação. O desembargador Davi Furtado Meirelles convocou para a próxima reunião o reitor Marco Antonio Zago e o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Nelson Baeta.