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    Benefício da tecnologia em escolas depende de uso pedagógico

    GABRIEL ALVES
    DE SÃO PAULO

    21/09/2014 02h00

    De repente, você se depara com uma engenhoca voadora, simpáticos robozinhos e crianças controlando computadores. Parece um filme de ficção científica, mas é o futuro colégio do seu filho.

    A escola de hoje pouco se parece com a que você frequentou. Iniciativas que visam aproximar os alunos das últimas novidades, como cursos de robótica e oficinas de programação e de jogos digitais, viraram rotina.

    A Folha entrou em contato com colégios de São Paulo para saber como os novos recursos tecnológicos estão sendo usados no ensino. Muitos já oferecem os diferentes tipos de "aulas tecnológicas".

    Danilo Verpa/Folhapress
    Alunos do colégio Bandeirantes durante aula com drone
    Alunos do colégio Bandeirantes durante aula com drone

    Em Barueri (Grande São Paulo), todos os alunos dos ensinos fundamental 2 e médio da Escola Internacional de Alphaville levam o próprio tablet -utilizado em diferentes disciplinas- para a aula.

    No colégio Bandeirantes, localizado na Vila Mariana (zona sul da capital), os alunos trabalham com uma impressora 3D, que reproduz pequenos objetos em uma resina plástica, e participam de oficina em que manuseiam e programam um drone, pequeno dispositivo voador, com uma câmera acoplada.

    No colégio Santa Maria, na zona sul, estudantes do quarto ano estão começando a mexer com programação.

    Com o auxílio dos simpáticos "Angry Birds", as crianças aprendem os conceitos e dão ordens diretamente ao "cérebro" do computador.

    "A ideia não é que a criança fique digitando códigos, mas ter o foco na lógica e no pensamento sistemático", diz Muriel Rubens, coordenador do Núcleo de Tecnologia da Informação do colégio.

    Para a consultora Andrea Ramal, doutora em educação pela PUC-Rio, essas práticas ajudam a "desenvolver a noção de lógica, de acerto e erro, e de pesquisa e construção do conhecimento".

    Mas "modernidade" não implica necessariamente qualidade de ensino.

    Segundo Valdemar Setzer, professor de computação aposentado da USP, há escolas que priorizam a tecnologia e não desenvolvem habilidades sociais e artísticas, fundamentais para a formação do aluno.

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