Criticado por concorrentes por selecionar só os melhores alunos, o Objetivo Integrado foi pelo quinto ano seguido o colégio com o melhor desempenho no Enem no país –a pontuação foi de 741,94.

"Estamos no caminho certo, com um colégio que visa à formação de uma elite intelectual no Brasil, o que todo o país precisa e valoriza", diz João Carlos di Gênio, responsável pela rede Objetivo, do qual o Integrado faz parte.

"São futuros pesquisadores, futuros líderes do país."

Criado em 2009, o Objetivo Integrado tem aulas em ensino integral. Segundo di Gênio, 20% dos alunos são bolsistas e o restante paga mensalidade –ao todo, são 13 parcelas de R$ 2.383,46, de acordo com o colégio.

Marcelo Soares e Rubens Fernando/Folhapress

Os concorrentes dizem que a criação do Objetivo Integrado é um expediente usado para o colégio ir bem no Enem.

Sem citar nominalmente o Objetivo, o diretor do Etapa, Carlos Eduardo Bindi, distribuiu à imprensa texto no qual critica a multiplicação de "pequenas escolas artificiais" que desvirtua o resultado do Enem, porque, com a separação do melhores alunos em uma instituição à parte, a nota no exame aumenta.

Ele sugere a ponderação pelo número de alunos, para equilibrar escolas com mais e menos inscritos no exame.

O Etapa ficou em 66º no país e tem 552 alunos. O Objetivo Integrado tem 44 –o Objetivo sempre negou que a criação do Integrado teve como intenção aparecer em primeiro do ranking do Enem.

'ESCANDALOSO'

Com 440 alunos no Enem, o Colégio Bandeirantes, 21º no país, também se queixa da prática do concorrente.

"O que o Objetivo faz é escandaloso. Esse Objetivo Integrado é um corte dentro do Objetivo da Paulista, com a separação dos melhores alunos. É indecente, uma imoralidade", afirma Mauro de Salles Aguiar, diretor da escola.

Questionado, ele disse já ter se queixado ao Ministério da Educação a respeito. Ouviu que o órgão não faz ranking de escolas –e que quem faz isso é a imprensa.