• Educação

    Friday, 03-May-2024 11:50:12 -03

    Novo formato da 2ª fase da Unicamp exige melhor interpretação, dizem cursinhos

    GABRIELY ARAUJO
    PAULA SAVIOLLI
    DE SÃO PAULO

    11/01/2015 19h54

    Para alguns professores dos principais cursinhos de São Paulo, o primeiro dia da prova da 2ª fase do vestibular da Unicamp manteve o perfil dos outros anos, apesar da mudança de formato.

    A prova deste ano foi menor, com seis questões dissertativas de língua portuguesa e literatura e a redação, enquanto antes era composta por 24 perguntas, incluindo questões de matemática. Apesar do tamanho menor, o vestibular ainda cobra do concorrente uma leitura mais atenta e uma maior interpretação dos textos, de acordo com os docentes ouvidos pela reportagem.

    Confira a primeira prova da segunda fase da Unicamp

    O professor do cursinho Objetivo, Nelson Dutra, disse que as questões exigiam a "filtragem" dos textos e a construção de argumentos sólidos. "O vestibulando que não consegue ler e ter uma boa interpretação teve dificuldades", afirmou Dutra.

    O professor Heric José Palos, do Etapa, aponta que, com a maior cobrança da leitura cuidadosa, a duração da prova pode ter atrapalhado. "Apesar de os textos não estarem muito longos, ter quatro horas para fazer uma leitura crítica e responder seis questões, com duas alternativas cada, talvez tenha sido uma complicação", disse.

    Sobre a redação, que, agora, é exclusiva para a segunda fase do vestibular, o professor do Etapa, Vítor França, disse que os temas exigiam bons argumentos e texto sólido.

    "As propostas de redação estavam atuais e os formatos interessantes. O primeiro texto deveria ser uma espécie de síntese de dois excertos sobre o excesso da tecnologia e a importância do fator humano no atendimento médico. O outro texto deveria ser redigido como uma carta-convite que convencesse a comunidade escolar (professores, alunos e outros funcionários de uma escola) a participar de uma reunião para debater a violência".

    Já o diretor pedagógico da Oficina do Estudante, Célio Tasinafo, alerta que, na redação da carta-convite, o aluno pode incorrer em erro, pois há a indicação de que era necessário especificar o dia e o horário local. "O estudante pode ter feito uma prova fantástica mas ter caído em uma 'pegadinha'".

    O diretor também disse que a prova da Unicamp foi simples, "rasa e pouco criativa".

    Tasinafo critica a parte de literatura, que não abordou questões de literatura comparada. "Hoje não será um dia de seleção, nas redações houve um resumo do que caiu nos dois anos atrás", critica.

    Como continuação do processo seletivo da Unicamp 2015, os concorrentes farão prova de matemática, história e de geografia na próxima segunda (12) e responderão questões de física, química e biologia na terça (13).

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024