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    Sindicato diz estar 'apreensivo' com Chalita na educação municipal

    DE SÃO PAULO

    13/01/2015 12h00

    O maior sindicato da rede municipal de ensino de São Paulo afirma que está "apreensivo" com a escolha de Gabriel Chalita (PMDB) como novo titular da secretaria.

    "[A escolha] foi um arranjo político, não levou em conta a gestão na educação", disse o presidente do Sinpeem, Claudio Fonseca.

    Segundo a Folha informou nesta segunda (12), a ideia do prefeito Fernando Haddad (PT) é que Chalita seja seu candidato a vice nas eleições de 2016 e, assim, haja uma dobradinha PT-PMDB.

    "Não consta que o novo secretário tenha tido grande resultado na gestão da rede estadual quando foi secretário", afirmou Fonseca, ex-vereador pelo PPS.

    Danilo Verpa-12.jan.2015/Folhapress
    O deputado Gabriel Chalita (PMDB) deixa restaurante na rua 13 de Maio, em São Paulo, após almoço com vereadores do partido
    Chalita deixa restaurante na rua 13 de Maio, em São Paulo, após almoço com vereadores do partido

    O principal projeto de Chalita quando foi secretário do governo Alckmin entre 2002 e 2006 foi a Escola da Família, que abriu os colégios aos fins de semana à comunidade. A iniciativa foi premiada internacionalmente.

    Por outro lado, os indicadores de qualidade do ensino permaneceram em patamares baixos.

    Presidente do Sinesp (sindicato dos diretores das escolas municipais), João de Souza afirma que há um clima de "indefinição", pois não se sabe como ficarão medidas tomadas até então.

    Souza destaca a reprovação de estudantes. Na gestão Haddad, o número de séries em que os alunos podem ser retidos aumentou de dois para cinco.

    Mas, ao fim do ano, a orientação da Secretaria da Educação foi que mesmo os alunos com notas vermelhas em todos os bimestres poderiam ser aprovados.

    A retenção deveria ser feita apenas nos casos em que os estudantes não demonstrassem melhora durante o ano ou condição de seguir com sua turma.

    O temor era que houvesse explosão na reprovação.

    "O discurso era que educação é trabalho, mas os alunos passaram mesmo com notas baixas. A rede ficou confusa. Queremos saber como será agora", disse Souza.

    Os dois sindicalistas reclamam que não tem havido diálogo da categoria com a prefeitura. Houve greve nos dois primeiros anos da gestão Haddad.

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