As medidas para expansão das creches, anunciadas pelo novo secretário municipal de Educação de SP, Gabriel Chalita, são controversas, afirmam educadores.

Em entrevista à Folha, Chalita disse que as novas unidades deverão ter 500 crianças, em vez das atuais 300. E ele também conta com empresas que construam e doem unidades à gestão (como já está acertado com o Carrefour).

"As crianças terão espaço para brincar? Haverá aumento de professores?", afirmou a professora da Faculdade de Educação da USP Maria Letícia Pedroso Nascimento, sobre o aumento do tamanho das creches.

	Isadora Brant/Folhapress
	Gabriel Chalita, novo secretário municipal de Educação

"Não é apenas abrir vaga. Tem de ver a qualidade. A medida pode até dar certo dependendo do projeto, mas não sou otimista", completou.

Para o advogado Salomão Ximenes, especialista em temas de educação infantil, o aumento do tamanho da creche "é controverso".

Ele destaca que o projeto do governo federal para construção de creches, por exemplo, prevê unidades com até 224 crianças.

Ximenes disse também ser difícil o fato de o Carrefour não receber nenhuma contrapartida pela doação, como a empresa e a prefeitura afirmaram. "No mínimo eles devem fazer publicidade."