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    USP vai incentivar disciplinas em inglês e criar curso de idioma a alunos

    FÁBIO TAKAHASHI
    DE SÃO PAULO

    08/03/2015 02h00

    A USP prevê aumentar a oferta de disciplinas em inglês e criar cursos da língua para alunos de graduação.

    As iniciativas, previstas já para este ano, fazem parte de um plano para atrair estrangeiros e aumentar o intercâmbio com outras instituições.

    Considerada a melhor universidade do país, a USP tem uma presença internacional tímida, de acordo com avaliações e especialistas da área.

    Na edição de 2014 da Times Higher Education, ranking britânico de ensino superior, é no aspecto que mede a presença de estrangeiros entre alunos e professores que a USP menos pontua.

    Editoria de Arte/Folhapress

    Na lista, considerando também outros critérios, como pesquisa, a universidade ficou no grupo entre o 201º lugar e o 225º (a relação não informa a posição específica).

    Só 2,3% dos graduandos da instituição vêm do exterior. Na Universidade da Califórnia (Los Angeles) e em Harvard, ambas americanas e entre as melhores do mundo, o índice é de 11%.

    INCENTIVO FINANCEIRO

    No plano de metas para este ano apresentado pelo reitor Marco Antonio Zago está previsto aumento de verba para programas de pós-graduação com disciplinas em língua estrangeira.

    Também será discutida a criação de cursos de pós inteiramente em inglês. Não está definido ainda o orçamento para a iniciativa.

    Oferecer atividades no idioma é um artifício adotado por escolas alemãs e francesas para atrair pessoas de outros países.

    No meio acadêmico, avalia-se que o ensino e a pesquisa melhoram com a presença de alunos e docentes estrangeiros, que trazem novos conhecimentos e experiências.

    Na USP, não há nem sequer um levantamento de quantas disciplinas são dadas no idioma. A universidade tem apenas iniciativas isoladas nessa direção, principalmente em disciplinas optativas.

    Em outro flanco, a USP pretende criar um curso de inglês para 3.000 alunos da graduação (no total, há 58 mil).

    "As universidades tratam de questões de interesse universal: ensino e criação do conhecimento", disse Zago à Folha. "Os padrões de diferentes países e regiões diferem e, por isso, as universidades de qualidade sempre tiveram trânsito internacional."

    O pacote de internacionalização deve ter medidas que não gerem grandes despesas. A USP gasta mais do que recebe do Estado desde 2014.

    No passado, a universidade chegou a ter escritórios em três países (Cingapura, Estados Unidos e Inglaterra). Todos foram fechados.

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